O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou a percepção sobre as contas públicas do Brasil, afirmando que existe uma “indústria de jogar desconfiança na sociedade”. A declaração foi feita em um momento de desafio para o Governo, que busca alternativas para cobrir o impacto financeiro da derrubada de uma medida provisória que previa aumento de receitas e corte de gastos.
Contexto da Crítica de Lula
Em cerimônia de lançamento de um novo modelo de crédito imobiliário, Lula destacou que, enquanto notícias sobre desenvolvimento econômico e crescimento salarial são escassas, o Déficit fiscal domina o noticiário. “Tem uma indústria de jogar desconfiança na sociedade brasileira, como se quem está fora tivesse responsabilidade e quem está dentro não tivesse responsabilidade”, declarou. Ele reforçou o compromisso de seu governo com a responsabilidade fiscal, enfatizando que ninguém trata as contas públicas com mais cuidado do que quem está no poder.
A derrubada da medida provisória, segundo cálculos do próprio governo, representa um impacto de R$ 46,5 bilhões até 2026. O equilíbrio fiscal é um fator crucial para a estabilidade econômica, influenciando indicadores como inflação e taxas de juros, e é acompanhado de perto por analistas do Mercado financeiro.
Busca por Alternativas Fiscais
Em resposta ao rombo nas contas públicas, o presidente deve se reunir com auxiliares na próxima semana para discutir medidas compensatórias. Entre as opções em pauta, está a reedição de uma norma que restringe as compensações tributárias. Essa medida visa buscar novas fontes de Receita e controlar despesas para manter a saúde fiscal do país.
A gestão das contas públicas é fundamental para a Confiança dos investidores e para a previsibilidade econômica. A declaração de Lula sugere uma preocupação com a narrativa econômica disseminada, buscando reforçar a percepção de responsabilidade fiscal por parte do governo.
A busca por soluções para fechar o Orçamento reflete a complexidade de gerir a economia brasileira em um cenário de pressões fiscais. As decisões tomadas nos próximos meses terão impacto direto na trajetória da inflação e na política monetária, possivelmente influenciando decisões futuras sobre a taxa Selic.
Fonte: Valor Econômico