O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou o Congresso Nacional, afirmando que a Casa “nunca teve o baixo nível como tem agora”. Lula direcionou suas críticas à chamada “extrema-direita” que se elegeu em 2022, classificando-a como o “pior” que existe.
As declarações foram feitas em um evento no Rio de Janeiro, ao lado do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Durante a fala, Lira permaneceu em silêncio, sem demonstrar reação explícita às críticas do presidente.
Críticas à “Extrema-Direita” no Congresso
“Hugo (Lira) é presidente desse Congresso e sabe que ele nunca teve a qualidade de baixo nível como tem agora. Aquela extrema-direita que se elegeu em 2022 é o que existe de pior. Não podemos ter presidente que nega que existiu a Covid-19, nega a vacina, distribui remédio que não vale nada, que tem ministro da Saúde que não entendia porra nenhuma de saúde”, declarou o presidente Lula. 
Lula aproveitou a ocasião para alertar os presentes sobre a importância de estarem mais atentos nas eleições de 2026. Ele enfatizou a necessidade de “decidir que tipo de Brasil queremos”, evitando eleger representantes inadequados.
“No ano que vem teremos eleições e vamos ter de decidir que tipo de Brasil queremos, vai ser decidido por vocês (povo). Vocês que vão ter que saber qual senador vão eleger, o deputado federal, o estadual. É isso que é a cara do Congresso, o resultado da consciência política que tiveram no dia das eleições. Depois, não adianta reclamar”, afirmou.
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Reflexões sobre o Cenário Político Carioca
Em seu discurso, o presidente citou o caso do Rio de Janeiro e direcionou um comentário ao prefeito carioca, Eduardo Paes (PSD), questionando como o Estado elegeu Wilson Witzel para governador em 2018.
“Não consigo entender como esse Estado, que é altamente politizado, elegeu um cara para governador que era um juiz picareta, ficou aí e não fez porra nenhuma, se meteu na corrupção e foi eleito”, disse Lula. Wilson Witzel foi posteriormente cassado, sendo substituído por Cláudio Castro (PL), atual governador.
Relação Tumultuada com o Legislativo
O presidente Lula tem enfrentado um período de relação tensa com o Congresso Nacional. Na semana anterior às declarações, a Câmara dos Deputados rejeitou uma medida provisória crucial para o Governo, que visava garantir cerca de R$ 20 bilhões aos cofres públicos no próximo ano.
“Esse ano foi o ano da colheita e o ano que vem é o ano da verdade”, adaptou Lula o mantra que tem utilizado desde o início do ano sobre os resultados que se esperava para os meses subsequentes. Ele concluiu enfatizando: “Quem quiser mentir, vá para a casa do chapéu, (porque) não vamos permitir a volta de mentiroso nesse País”.
Fonte: Estadão
