O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou o Congresso Nacional, afirmando que a Casa “nunca teve o baixo nível como tem agora”. A declaração foi feita durante um evento de comemoração do Dia dos Professores no Rio de Janeiro, na quarta-feira (15). Lula classificou a “extrema-direita que se elegeu em 2022” como “o que existe de pior”.

A fala ocorreu ao lado do presidente da Câmara, Arthur Lira, que não demonstrou reação aparente.
“Hugo (Motta) é presidente desse Congresso e sabe que ele nunca teve a qualidade de baixo nível como tem agora. Aquela extrema-direita que se elegeu em 2022 é o que existe de pior. Não podemos ter presidente que nega que existiu a covid-19, nega a vacina, distribui remédio que não vale nada, que tem ministro da Saúde que não entendia porra nenhuma de saúde”, disse o presidente da República.
Eleições de 2026 e Consciência Política
Lula alertou os presentes sobre a importância de estarem mais atentos nas eleições de 2026. Ele ressaltou que é preciso “decidir que tipo de Brasil queremos” e que a escolha do país será definida pelo povo. “No ano que vem teremos eleições e vamos ter de decidir que tipo de Brasil queremos, vai ser decidido por vocês (povo). Vocês que vão ter que saber qual senador vão eleger, o deputado federal, o estadual. É isso que é a cara do Congresso, o resultado da consciência política que tiveram no dia das eleições. Depois, não adianta reclamar”, declarou.

Crítica a Wilson Witzel e Relação com o Congresso
O presidente também citou o caso do Rio de Janeiro, questionando como o estado elegeu Wilson Witzel para governador em 2018. “Não consigo entender como esse Estado, que é altamente politizado, elegeu um cara para governador que era um juiz picareta, ficou aí e não fez porra nenhuma, se meteu na corrupção e foi eleito”, afirmou Lula. Witzel foi posteriormente cassado, sendo sucedido por Cláudio Castro.
Lula enfrenta um período de tensão na relação com o Congresso. Na semana passada, o Governo sofreu uma derrota com a Câmara dos Deputados derrubando uma medida provisória que traria cerca de R$ 20 bilhões aos cofres públicos no próximo ano.
Ano da Verdade e Combate à Mentira
O presidente declarou que “esse ano foi o ano da colheita e o ano que vem é o ano da verdade”, adaptando um mantra utilizado desde o início do ano sobre os resultados esperados. Ele acrescentou: “quem quiser mentir, vá para a casa do chapéu, (porque) não vamos permitir a volta de mentiroso nesse País”.
Fonte: InfoMoney