O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reiterou nesta segunda-feira (20) a cobrança para que o Banco Central (BC) promova uma redução na taxa básica de juros, a Selic. Em discurso, Lula destacou que a diminuição dos juros é fundamental para estimular a expansão econômica e o Acesso ao crédito no país.

Objetivo: Impulsionar o Crescimento Econômico
Lula enfatizou seu desejo de ver o setor empresarial prosperar, com empresas crescendo, gerando empregos e aumentando a produção. Ele mencionou especificamente a indústria automobilística, desejando que o setor venda o volume necessário de veículos. O presidente também abordou o setor bancário, afirmando que os banqueiros devem lucrar, mas de forma ética, sem “extorquir o povo” com juros excessivos. “Ganhe dinheiro de forma tranquila, emprestando a juros razoáveis”, declarou.
Atualmente, a Selic, taxa fundamental da economia brasileira, encontra-se em 15% ao ano. Este patamar não era visto há quase duas décadas, sendo o mais alto desde julho de 2006, quando a taxa atingiu 15,25% durante o primeiro mandato de Lula.

Críticas à Política Monetária e Relação com o BC
As Críticas de Lula à política monetária e à autonomia do Banco Central são recorrentes desde o início de seu mandato. Inicialmente, as críticas eram direcionadas a Roberto Campos Neto, presidente do BC indicado pelo Governo anterior. No entanto, desde janeiro de 2025, o comando da instituição é de Gabriel Galípolo, nomeado pelo próprio presidente Lula.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem assegurado que o governo mantém o compromisso com o equilíbrio fiscal e que a inflação está sob controle, dentro das metas estabelecidas. Contudo, o BC avalia que ainda existem riscos para a trajetória inflacionária, o que tem sido um fator para a manutenção da taxa de juros em patamares elevados.
A expectativa do governo é que a redução da Selic possa destravar investimentos e aumentar o consumo, fatores essenciais para um crescimento econômico mais robusto. A divergência entre o Executivo e o Banco Central sobre o ritmo de queda dos juros continua sendo um ponto de atenção para os mercados financeiros.
Fonte: G1