O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) manifestou descontentamento com o anúncio de que a Caixa Econômica Federal pretende lançar um sistema próprio de apostas esportivas. Em resposta, Lula convocou Carlos Vieira, presidente do banco, para uma reunião assim que retornar de sua viagem à Ásia.
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A iniciativa, batizada de “bet da Caixa”, foi divulgada por Vieira em Entrevista recente, com a previsão de lançamento para o final de novembro. O banco estima uma arrecadação significativa, projetando entre R$ 2 bilhões e R$ 2,5 bilhões em 2026.
Contexto da Decisão e Críticas ao Projeto
O desejo da Caixa de se posicionar como um dos principais players no mercado de apostas esportivas já havia sido declarado por Vieira em 2024. A plataforma recebeu aprovação formal e técnica da Secretaria de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda, embora essa análise não tenha adentrado o mérito político da proposta.
Fontes próximas ao presidente e à cúpula do banco confirmaram o incômodo de Lula. A criação de uma casa de apostas por uma instituição financeira pública vai de encontro ao discurso crítico que o governo tem adotado em relação ao setor de apostas esportivas. A medida gerou críticas de parlamentares da oposição, como os senadores Cleitinho (PL-MG) e Damares Alves (Republicanos-DF), além de influenciadores alinhados à esquerda, como a economista Nath Finanças.
Estratégia do Governo e Próximos Passos
O governo Lula tem defendido o aumento da taxação sobre as casas de apostas. Uma proposta para ampliar a tributação de bets e fintechs será reenviada ao Congresso Nacional nos próximos dias, refletindo a preocupação com a meta fiscal. A controvérsia em torno da “bet da Caixa” intensifica o debate sobre o papel dos bancos públicos em mercados emergentes e a coerência das políticas governamentais.
A posição do presidente sugere uma revisão estratégica para o envolvimento de instituições financeiras estatais em setores de apostas, buscando alinhar as ações à retórica de controle e regulamentação.
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Fonte: Valor Econômico
