Lula Cobra BC: "Precisa Começar a Reduzir Juros"

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pressionou o Banco Central a iniciar o processo de redução da taxa básica de juros, a Selic. Segundo o chefe do Executivo, a instituição monetária “precisa começar” a baixar os juros, argumentando que o Governo está trabalhando para estabelecer uma política monetária mais adequada para o país.

A Selic encontra-se atualmente fixada em 15% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. A indicação de Gabriel Galípolo para a presidência do BC no início deste ano demonstra a intenção do governo em alinhar a política monetária com suas diretrizes econômicas.

Foco em Programas Sociais e Crítica ao Mercado

Em seu discurso durante o lançamento do programa Reforma Casa Brasil, Lula defendeu a importância de programas voltados para as populações mais necessitadas. Ele afirmou que, embora deseje que empresários e banqueiros prosperem, essa prosperidade não deve ocorrer à custa da exploração da população.

“Pessoas mais necessitadas têm de ter prioridade nas políticas do governo”, enfatizou o presidente, destacando o papel do Estado em atender aqueles que o Mercado, por vezes, ignora.

Lula discursa sobre a necessidade de redução da taxa de juros no Brasil. — Presidente Lula defende redução da taxa Selic.

Soberania Nacional e Crítica a Trump

Em outro ponto de sua fala, Lula voltou a criticar a política tarifária imposta pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em relação ao Brasil. O presidente classificou a ação como um ataque à soberania nacional.

“Quando o presidente Trump sobretaxou o Brasil e ofendeu o Brasil, a gente não abaixou a cabeça porque, embora a gente não seja tão grande quanto eles, a gente tem caráter que muitas vezes eles não sabem que a gente tem, a gente tem dignidade que muitas vezes eles não sabem que a gente tem”, declarou.

Para o presidente, um país que não garante educação e alimentação adequada para seu povo não pode ser considerado soberano, nem mesmo ter o status de país de verdade. Ele ressaltou que a democracia e a verdadeira nação se refletem nas condições de vida de seus cidadãos, desde a vestimenta até a qualidade da educação.