Lula admite ‘lapso’ ao anunciar candidatura na Indonésia e foca no Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva admitiu nesta segunda-feira (27) que foi um erro anunciar sua candidatura à reeleição durante uma viagem à Indonésia na semana passada. Lula declarou que o anúncio foi um “lapso” e que ele deveria ter feito essa declaração no Brasil, já que não possui eleitores no país asiático.

Durante uma coletiva de imprensa em Kuala Lumpur, na Malásia, após participar de reuniões com líderes regionais, o presidente afirmou: “Na verdade, eu não deveria ter falado na Indonésia. Eu tenho que falar no Brasil. Foi um lapso da minha parte, eu não tenho voto lá. Foi um erro”.

Contexto do Anúncio de Candidatura

A declaração de Lula na Indonésia, na última quinta-feira (23), marcou a primeira vez que o petista confirmou publicamente sua intenção de concorrer à presidência em 2026. Anteriormente, ele vinha associando sua decisão à sua condição física e mental.

A viagem de Lula pela Ásia incluiu encontros com autoridades na Indonésia e na Malásia, além de uma reunião bilateral com o então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em Kuala Lumpur. A declaração sobre a candidatura ocorreu neste contexto internacional.

Visão de Lula sobre Longevidade e Política

Na mesma coletiva, o presidente comentou sobre seu aniversário de 80 anos, celebrado na segunda-feira, expressando otimismo e vitalidade. “Eu nunca me senti tão vivo e com tanta vontade de viver. Por isso, digo que espero viver até os 120 anos”, declarou.

Lula também abordou questões de política Internacional, incluindo a guerra na Ucrânia, e criticou o descompasso entre os gastos militares globais e os esforços para combater a fome. Ele mencionou que, embora ainda não tenha falado diretamente com Trump sobre a resolução do conflito, acredita que é possível encontrar soluções.

O presidente também reiterou que considera o ex-mandatário Bolsonaro como parte do passado da política brasileira, minimizando o impacto de processos judiciais em andamento sobre o cenário político atual.

Fonte: InfoMoney