O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, após ser questionado sobre a possível indicação de Jorge Messias para o Supremo Tribunal Federal (STF), declarou: “deixa eu chegar no Brasil primeiro”, ao deixar um hotel em Kuala Lumpur, na Malásia, nesta segunda-feira (27). A declaração demonstra cautela enquanto o presidente finaliza sua viagem internacional e planeja os próximos passos políticos.
Lula tem previsão de chegada em Brasília nesta terça-feira (28), e a expectativa é que as negociações sobre a vaga no STF, deixada pela Aposentadoria de Luís Roberto Barroso, sejam retomadas imediatamente. A escolha para o STF é uma das atribuições presidenciais de maior peso, exigindo sensibilidade política e articulação com o Congresso Nacional.
Contexto da Indicação para o STF
O anúncio da indicação, que era esperado para a semana passada, foi adiado. Segundo informações, Lula teria ouvido do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), que o nome de Jorge Messias, atual Advogado-Geral da União e preferido do presidente, não reuniria os votos suficientes na Casa para aprovação. A aprovação no Senado exige maioria absoluta, o que corresponde a 41 votos, um obstáculo considerável na atual conjuntura política.
Articulação Política no Senado
Embora a escolha final seja prerrogativa do presidente da República, a aprovação em sabatina e votação no plenário do Senado é um passo crucial. Nos bastidores, o nome do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) tem sido mencionado como uma alternativa com maior potencial de consenso entre os parlamentares. A articulação política em torno da vaga demonstra a importância da composição do STF para o equilíbrio de poderes e a agenda governamental.
Próximos Passos do Governo
A chegada de Lula ao Brasil marcará o início de uma nova Rodada de conversas com líderes do Congresso e aliados para definir a melhor estratégia para a indicação ao STF. A capacidade do governo em construir um acordo político robusto será fundamental para garantir a aprovação do nome escolhido, assegurando a estabilidade e a continuidade da atuação da Corte. A definição para a vaga de Barroso é vista como um termômetro da força política do governo no Legislativo.
Fonte: Valor Econômico