Leilão do Pré-Sal: Petrobras e Equinor Lideram Arrematação de Blocos

Petrobras e Equinor se destacam em leilão do pré-sal, arrematando blocos com ágios expressivos. Sucesso na arrecadação e competição no setor.
Leilão do Pré-Sal — foto ilustrativa Leilão do Pré-Sal — foto ilustrativa

O terceiro leilão de áreas do pré-sal da Oferta Permanente da União foi considerado um sucesso, com a venda de cinco dos sete blocos ofertados e ágios expressivos, alcançando uma média de 91,2%. A Petrobras e a Equinor se destacaram, arrematando dois blocos cada. Este resultado é visto como um indicativo positivo para o leilão de áreas não contratadas do pré-sal, agendado para 4 de dezembro, com expectativa de arrecadação de R$ 10,2 bilhões pelo Governo.

Sucesso na Arrecadação e Competição no Leilão

“Esperamos, depois do leilão de hoje (quarta-feira, 22), que tenha competição no do dia 4 de dezembro, e que esse preço mínimo suba bastante”, declarou Luis Fernando Paroli, presidente da Pré-Sal Petróleo (PPSA), estatal responsável pela gestão dos contratos de Partilha de Produção da União. Quatorze empresas, tanto brasileiras quanto estrangeiras, participaram da disputa pelos reservatórios da região petrolífera mais cobiçada do país.

No leilão desta quarta-feira, foram arrecadados R$ 103,7 milhões em bônus de assinatura, com investimentos mínimos previstos de R$ 451 milhões. O maior ágio, de 251,63%, foi registrado no bloco Citrino, disputado entre Petrobras e Prio. O excedente em óleo destinado à União alcançou 31,19%. Outra disputa acirrada ocorreu no bloco Jaspe, com ágio de 96,47% e excedente em óleo de 32,85%. Um consórcio entre Petrobras e Equinor venceu o bloco Chevron, em Parceria com o Qatar. Ao final, Petrobras e Equinor emergiram como as maiores vencedoras do certame.

Análise do Resultado e Novas Entrantes no Setor

“Um leilão de natureza exploratória, onde cinco de sete blocos são arrematados, com ágio médio de 91,2% e investimentos mínimos de meio bilhão de reais, a gente só pode dizer que é um sucesso”, afirmou Artur Watt, diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), responsável pela condução do leilão. Watt também destacou a entrada de duas novas empresas globais no regime de partilha: Karoon e Sinopec. A diretora de Exploração e Produção da Petrobras, Sylvia Anjos, expressou satisfação com o resultado, afirmando: “Compramos os blocos com maior potencial”.

O primeiro bloco ofertado, Esmeralda, foi arrematado pela australiana Karoon, sem concorrência, com uma participação de 14,10% para a União no Lucro em óleo. O bloco Ametista foi arrematado por um consórcio entre CNOOC (70%) e Sinopec (30%), oferecendo uma fatia de 9% para a União. O bloco Itaimbezinho ficou com a Equinor, com participação de 6,95% para a União. Os blocos Larimar e Ônix não receberam ofertas.

Próximos Passos e Planejamento para Novos Leilões

Symone Araújo, diretora da ANP, antecipou que o próximo ciclo de venda de áreas do pré-sal, o 4º sob o regime de partilha, prevê a oferta de 18 blocos, com expectativa de ocorrer em 2026. Discussões sobre 16 novos blocos serão realizadas em um seminário, incluindo o bloco Mogno, o primeiro no pré-sal além das 200 milhas náuticas. Outros dois blocos já foram aprovados pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE).

Fonte: Estadão

Adicionar um comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Imagens e vídeos são de seus respectivos autores.
Uso apenas editorial e jornalístico, sem representar opinião do site.

Precisa ajustar crédito ou solicitar remoção? Clique aqui.

Publicidade