O Lote 4 de rodovias do Paraná, com 627 quilômetros de extensão, entra em disputa nesta quinta-feira, 23 de novembro. Quatro grandes empresas apresentaram suas propostas na sede da B3, em São Paulo, na segunda-feira, 20: Motiva (antiga CCR), EPR, Pátria e Mota Engil. O trecho a ser concedido interliga os municípios de Guaíra, Cornélio Procópio, Maringá e Diamante do Norte.
Apostas no Lote 4 de Rodovias do Paraná
O critério para o leilão será o de maior desconto sobre a tarifa básica de pedágio, que foi fixada em R$ 0,16788 por quilômetro. O contrato para a concessão tem duração de 30 anos e prevê investimentos da ordem de R$ 10,8 bilhões. Este é o quinto bloco do programa de concessões rodoviárias do estado e integra um pacote de seis lotes licitados desde 2023. Os lotes 1, 2, 3 e 6 já foram arrematados. A EPR, controlada pelo grupo Equipav, já possui dois contratos de concessão de rodovias no Paraná.
Expansão da Mota Engil no Brasil
A disputa pelo Lote 4 marca a intensificação da atuação da Mota Engil no mercado brasileiro. A companhia portuguesa, que recentemente arrematou o leilão do túnel santos-Guarujá, busca ampliar sua presença em infraestrutura rodoviária. No leilão do túnel, a empresa superou a espanhola Acciona com uma oferta de desconto de 0,5% em relação à contraprestação pública anual máxima, estipulada em R$ 438,3 milhões.
Com o avanço dos leilões no Paraná, o governo federal já se prepara para uma nova rodada de concessões rodoviárias. Nas próximas semanas, estão previstas as disputas pela Rota Sertaneja, além de contratos de concessão das rodovias Fernão Dias e Autopista Fluminense, ambas operadas pela Arteris e que passaram por processos de renegociação junto ao Tribunal de Contas da União (TCU).
Fonte: Estadão