Klabin (KLBN11): Lucro Cai, mas Ação Dispara com Geração de Caixa Forte

Klabin (KLBN11) divulga resultados do 3T25: lucro cai, mas ação reage positivamente à forte geração de caixa e redução da alavancagem.
Klabin KLBN11 resultados 3T25 — foto ilustrativa Klabin KLBN11 resultados 3T25 — foto ilustrativa

As ações da Klabin (KLBN11) apresentaram forte valorização nesta terça-feira (4), impulsionadas pela repercussão dos resultados da empresa no terceiro trimestre de 2025. Por volta das 13h45 (horário de Brasília), os papéis subiam 3,67%, cotados a R$ 18,64. A alta do dólar na sessão também contribuiu para o desempenho positivo das ações do setor de papel e celulose.

Ações da Klabin em alta após divulgação de resultados do 3T25
Ações da Klabin (KLBN11) apresentaram alta no pregão.

Resultados do 3T25 da Klabin

A Klabin registrou um Lucro líquido de R$ 478 milhões no terceiro trimestre de 2025 (3T25), o que representa uma queda de 34% em relação ao mesmo período de 2024. No entanto, os resultados vieram ligeiramente acima do esperado. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) ajustado alcançou R$ 2,117 bilhões, um aumento de 4% em relação ao trimestre anterior e de 17% na comparação anual. Esse desempenho foi impulsionado por um ganho de R$ 80 milhões com a venda de terrenos, além do bom desempenho de volumes de papel e do controle de custos.

A XP Investimentos reitera sua visão positiva para KLBN11, sustentada pela trajetória de desalavancagem, que deve continuar impulsionando o potencial de valorização das ações. O Itaú BBA destacou a forte geração de fluxo de caixa livre, que, juntamente com R$ 600 milhões recebidos de transações florestais, resultou em uma redução da alavancagem financeira para 3,3 vezes em reais e 3,6 vezes em dólares.

O Bradesco BBI avalia que, apesar do desempenho operacional misto entre as divisões, a geração de caixa foi sólida no 3T25, levando a uma queda importante na alavancagem. A companhia gerou fluxo de caixa livre ajustado de R$ 1,032 bilhão, ante R$ 513 milhões no 2T25, resultando em um rendimento de 12,6% nos últimos 12 meses, impulsionado pela redução dos pagamentos de juros e pelo menor capex.

Desempenho da Divisão de Celulose

A divisão de celulose registrou um volume de vendas praticamente estável, totalizando 401 mil toneladas. Os preços realizados de celulose foram um obstáculo, com uma queda de 10% no trimestre, para US$ 527 a tonelada, parcialmente compensada pela estabilidade dos preços da fibra longa, em US$ 1.004 por tonelada. O custo caixa unitário subiu para US$ 243 a tonelada, pressionado pelo aumento dos Custos da madeira, afetados por condições climáticas adversas. Consequentemente, o Ebitda da divisão de celulose recuou 18% no trimestre, para R$ 713 milhões, com margem reduzida para 50%.

O BBA apontou que os resultados mais fracos foram pressionados por menores preços e custos mais altos. No entanto, para o 4T25, espera-se uma recuperação nos preços realizados à medida que a recuperação nos preços da celulose na Europa e na China se reflita nos resultados.

Gráfico de resultados da Klabin no 3T25
Análise detalhada dos resultados trimestrais da Klabin.

Setor de Papel e Embalagens em Alta

A divisão de papéis registrou um aumento de 9% nas vendas trimestrais, para 375 mil toneladas. A divisão de embalagens apresentou um crescimento de 7% no volume de vendas, atingindo 291 mil toneladas. Em termos de preços, o papel apresentou queda de 3% no trimestre, para R$ 4.840/t, enquanto as embalagens permaneceram praticamente estáveis, em R$ 6.946/t, beneficiadas por um mix de vendas mais favorável. O Ebitda combinado de papel e embalagens avançou 19% no trimestre, para R$ 1,404 bilhão, com margem Ebitda ampliada para 37%.

Para o BBA, os resultados mais fortes nesta divisão foram impulsionados principalmente pela alta da receita líquida.

Recomendação e Perspectivas

Analistas de Mercado mantêm uma visão positiva sobre a Klabin. Santander, BBA e BBI reiteram recomendação de compra para as ações KLBN11, com preços-alvo de R$ 33, R$ 23 e R$ 25, respectivamente. A forte geração de caixa e a perspectiva de desalavancagem continuam sendo os principais pilares para a valorização da companhia no mercado.

Fonte: InfoMoney

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