Justiça condena homem por injúria racial contra ex-ministro Silvio Almeida

Justiça Federal condena homem por injúria racial contra ex-ministro Silvio Almeida. Sentença em Pernambuco prevê pena de reclusão substituída por serviços comunitários.
injúria racial contra Silvio Almeida — foto ilustrativa injúria racial contra Silvio Almeida — foto ilustrativa

A Justiça Federal em Pernambuco condenou um homem de 52 anos por crime de injúria racial contra o ex-ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida. O réu publicou comentários ofensivos em uma postagem no Instagram. A denúncia foi apresentada pelo Ministério Público Federal (MPF).

Condenação e Pena

A sentença foi proferida pela 16ª Vara Federal de Caruaru, no Agreste pernambucano. O réu foi condenado a dois anos, quatro meses e 15 dias de reclusão. No entanto, a pena foi substituída por prestação de serviços à comunidade e pagamento de valores em dinheiro. Além disso, ele deverá pagar uma multa de R$ 10 mil e uma indenização no mesmo valor à vítima.

Recurso do MPF e Defesa do Réu

Apesar da condenação, o MPF informou que vai recorrer da decisão para tentar aumentar a pena. O comentário criminoso foi feito em uma postagem na qual o então ministro defendia, em Entrevista, o cessar-fogo imediato no conflito no Oriente Médio. Além de injúria racial, o homem escreveu que Silvio Almeida deveria estar no meio do fogo cruzado.

A Defesa do réu alegou que não houve intenção de prática ofensiva, e que a mensagem teria sido resultado de erro de transcrição de áudio ou de digitação. A Justiça, no entanto, acolheu a tese do MPF e rejeitou os argumentos da defesa, considerando que o réu é “minimamente instruído” e plenamente capaz de compreender o conteúdo de suas mensagens.

Fundamentação Legal e Histórico do Ex-Ministro

A condenação está fundamentada no artigo 2º-A da Lei nº 7.716/1989, que tipifica o crime de injúria racial, com pena prevista de dois a cinco anos de reclusão, além de multa. Silvio Almeida deixou o ministério do Governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em setembro de 2024, após virem à tona denúncias de assédio sexual. Entre as mulheres que o acusaram está a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco.

Fonte: Estadão

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