Juros Futuros Sobem com Medida Provisória do IOF e Temor Fiscal

Juros futuros sobem com receios fiscais gerados pela MP 1.303 e planos de isenção de tarifa de ônibus. Entenda o impacto.
Gráfico de taxas de juros e percentual, indicando alta nos juros futuros. Gráfico de taxas de juros e percentual, indicando alta nos juros futuros.

Os juros futuros apresentaram alta firme nesta terça-feira (7), especialmente nos vencimentos de longo prazo da curva a termo. O movimento reflete a adição de prêmios de risco às taxas diante de receios fiscais no mercado, impulsionados pela Medida Provisória (MP) 1.303, que busca novas fontes de Receita governamental em substituição ao aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

Adicionalmente, a proposta de zerar a tarifa de ônibus no Brasil reacendeu preocupações, após o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmar estudos sobre o tema a mando do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Impacto nos Vencimentos de Longo Prazo

Ao final do pregão, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2027 registrou alta, subindo de 14,08% para 14,13%. O DI de janeiro de 2029 avançou de 13,365% para 13,46%, e o DI de janeiro fechou em 13,68%, frente aos 13,565% anteriores.

Gráfico de taxas de juros e percentual, indicando alta nos juros futuros.
Alta nos juros futuros reflete incertezas fiscais e novas medidas do governo.

Mercado de Títulos Públicos Sob Pressão

O Mercado de Títulos do Tesouro Nacional indexados ao IPCA (NTN-B) também sentiu os efeitos das novas regras de tributação propostas pela MP 1.303. Há a perspectiva de que essas mudanças afetem a demanda por esses papéis da dívida pública. Assim, no fim da tarde, a taxa de juro real da NTN-B com vencimento em agosto de 2040 subiu de 7,39% para 7,46%.

Gráfico de visualização de dados financeiros, possivelmente relacionado a taxas ou investimentos.
Preocupações fiscais impactam demanda por títulos públicos atrelados ao IPCA.

Contexto Econômico e Próximos Passos

A medida provisória busca equilibrar as contas públicas, mas a forma como novas receitas serão geradas gera apreensão. A possível isenção de tarifas de ônibus, embora benéfica para parte da população, adiciona mais uma camada de incerteza fiscal. O mercado financeiro segue atento a qualquer desenvolvimento que possa afetar a trajetória da inflação e a política monetária, como as decisões futuras do Comitê de Política Monetária (Copom).

Fonte: Valor Econômico

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