Juros Futuros Recuam com Apoio Externo e Dados Americanos em Foco

Juros futuros recuam com apoio externo, enquanto mercado de olho em dados de inflação do consumidor americano. Saiba mais sobre o impacto no Brasil.
Juros futuros recuam — foto ilustrativa Juros futuros recuam — foto ilustrativa

Os juros futuros iniciaram o pregão desta sexta-feira em queda, impulsionados por um ambiente externo positivo. A sessão foi marcada pela redução dos rendimentos de títulos públicos de países desenvolvidos, após o estresse da véspera. No mercado doméstico, o movimento foi sutil, pois o dia anterior já apresentou forte descompressão de prêmios de risco na renda fixa, destoando de outros ativos locais e da tendência Internacional.

Por volta das 9h20, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2027 registrava baixa para 14,005%, ante 14,025% no ajuste anterior. A taxa do DI de janeiro de 2029 caiu de 13,34% para 13,30%, e a do DI de janeiro de 2031 cedeu de 13,585% para 13,555%.

Contexto Internacional e Dados Americanos

Nos Estados Unidos, a taxa do T-note de dez anos recuou de 4,144% para 4,102%. Durante a manhã, os investidores voltaram suas atenções para os dados de expectativas de inflação do consumidor americano, divulgados pela Universidade de Michigan. As preocupações residem na possibilidade de o ciclo de afrouxamento monetário do Federal Reserve (Fed) levar a uma desancoragem das expectativas em relação à meta de 2%, especialmente em um cenário de aumento de preços impulsionado por tarifas comerciais impostas pelo presidente Donald Trump.

Publicidade

A análise de especialistas indica que a dinâmica dos juros futuros está intrinsecamente ligada aos movimentos internacionais e às expectativas de inflação nos EUA. “Qualquer sinal de descontrole inflacionário por lá pode forçar o Fed a manter uma postura mais restritiva, o que impactaria diretamente os mercados emergentes, incluindo o Brasil“, comenta um analista de renda fixa.

A volatilidade observada reflete a sensibilidade do mercado a indicadores econômicos globais. A decisão do Comitê de Política Monetária (COPOM) sobre a Taxa Selic, embora não diretamente abordada neste movimento específico, continua sendo um fator crucial para a formação das expectativas de juros no médio e longo prazo.

Fonte: Valor Econômico

Adicionar um comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Imagens e vídeos são de seus respectivos autores.
Uso apenas editorial e jornalístico, sem representar opinião do site.

Precisa ajustar crédito ou solicitar remoção? Clique aqui.

Publicidade