O Brasil se consolida como o país com o segundo maior juro real do mundo, registrando 9,74%. Esta posição é mantida pelo quinto mês consecutivo, ficando atrás apenas da Turquia, que lidera com 17,8%. O levantamento é realizado pela MoneYou e Lev Intelligence, sob a curadoria do economista-chefe Jason Vieira.
Em maio, o Brasil ocupava a terceira posição no ranking, com juro real de 8,65%. Desde junho, o país assumiu a vice-liderança em um ranking que abrange 40 economias globais. Essa colocação se manteve mesmo com a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de manter a taxa Selic em 15% ao ano após a reunião que terminou nesta quarta-feira (5).
A projeção de Vieira indicava 85% de probabilidade para a manutenção da Selic, com 10% de chance de um corte de 0,25 ponto percentual e 5% de uma alta de 0,5 p.p. A análise considerou o cenário de incertezas inflacionárias locais, exacerbadas pela tensão fiscal, apesar da recente queda da inflação, da desvalorização do dólar e da moderação na atividade econômica.
Países com Maiores Juros Reais
Após Turquia e Brasil, o ranking das maiores taxas de juros reais inclui a Rússia (9,10%) e a Argentina (5,16%). O estudo avaliou 165 economias, com foco principal nas 40 maiores economias do mundo. Dentre as economias analisadas, 77,58% mantiveram suas taxas de juros, 3,64% as elevaram e 18,79% realizaram cortes.
No grupo das 40 principais economias, a maioria, 77,50%, optou pela manutenção da taxa básica, enquanto 22,50% efetuaram cortes, sem registros de elevação por parte de nenhuma nação nesse grupo.
Para entender melhor os impactos dessa política monetária, confira como investir em renda fixa, ações, fundos e no exterior com a Selic em 15% ao ano.
Fonte: InfoMoney
