Juiz Eduardo Appio é afastado do cargo por furto de champanhe

Juiz Eduardo Appio é afastado do TRF4 por furto de champanhe francesa. O magistrado, crítico da Lava Jato, enfrenta novo processo disciplinar.
Eduardo Appio afastado — foto ilustrativa Eduardo Appio afastado — foto ilustrativa

O Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF4), em Porto Alegre, abriu um processo disciplinar e afastou o juiz Eduardo Appio por tempo indeterminado. O caso envolve um boletim de ocorrência relacionado ao furto de duas garrafas de champanhe francesa Moët & Chandon de um supermercado em Blumenau (SC).

Afastamento e Investigação em Andamento

A proposta de afastamento partiu da Corregedoria e foi aprovada pela Corte Especial Administrativa do TRF4. Durante o período de afastamento, o magistrado continuará recebendo sua remuneração integral, com exceção de adicionais. O processo corre em sigilo.

A descrição no boletim de ocorrência aponta um suspeito com aproximadamente 72 anos, 1,76 metro de altura e que usa óculos. Embora a descrição física não corresponda exatamente às características do juiz, o veículo utilizado pelo suspeito, um Jeep Compass Longitude D placa RCU7G18, pertence a Eduardo Appio.

Em contato anterior com a imprensa, Appio classificou o episódio como um “mal entendido” e afirmou desconhecer os detalhes do ocorrido.

Contexto e Histórico do Juiz

Eduardo Appio é conhecido por suas Críticas à Operação Lava Jato. Ele assumiu os processos remanescentes da investigação na 13.ª Vara Federal Criminal de Curitiba. Ao longo de sua atuação, revisou decisões e reabriu debates sobre denúncias de corrupção e abusos cometidos por figuras centrais da operação.

Reincidência de Afastamento

Este é o segundo afastamento de Eduardo Appio. Em 2023, ele já havia sido alvo de um processo disciplinar. Na ocasião, o caso envolvia um telefonema para o filho do desembargador Marcelo Malucelli, o advogado João Malucelli, genro e sócio do senador Sergio Moro. A situação foi resolvida com um acordo no Conselho Nacional de Justiça (CNJ), no qual Appio reconheceu que sua conduta foi imprópria.

Fonte: Estadão

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