JCP: Imposto sobre Juros de Capital Próprio sobe para 18%

Congresso aprova MP que eleva alíquota de IR sobre Juros sobre Capital Próprio (JCP) para 18%. Texto vai a plenário e busca garantir arrecadação fiscal.
Juros sobre Capital Próprio — foto ilustrativa Juros sobre Capital Próprio — foto ilustrativa

A comissão mista do Congresso Nacional aprovou nesta terça-feira (7) um relatório que eleva a alíquota do Imposto de Renda (IR) retido na fonte sobre os proventos distribuídos na forma de Juros sobre Capital Próprio (JCP). O texto estabelece que o IR recolhido passará de 15% para 18%.

O deputado Carlos Zarattini (PT-SP), relator da Medida Provisória 1.303/2025, apresentou alterações de última hora. Além do JCP, a nova alíquota única de 18% será aplicada à maioria dos investimentos, abrangendo desde a renda fixa até o ganho de capital em ações.

Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em pronunciamento.
Ministro Fernando Haddad articula mudanças na MP.

Alíquota de 18% para JCP e investimentos

O Governo inicialmente propunha elevar a alíquota sobre JCP para 20%. No entanto, após articulação do líder do MDB no Senado, Eduardo Braga (AM), um acordo foi firmado para fixar a tributação em 18%, equiparando-a à alíquota de outros investimentos financeiros.

Eduardo Braga destacou que a proposta é moderada e garante sustentabilidade fiscal sem penalizar o mercado. Zarattini classificou o acordo como “equilibrado”, afirmando que o ajuste “preserva o ambiente de negócios e assegura a arrecadação necessária ao governo”.

“Eu acredito que essa unificação em 18% deve acabar compensando o que foi reduzido no juros sobre capital próprio”, afirmou o relator.

Isenções mantidas para títulos específicos

A medida provisória manteve a isenção de Imposto de Renda sobre diversos títulos de crédito e investimento. Estão contemplados LCA, LCI, LCD, LH, LIG, CRI, CRA e debêntures incentivadas. Essa decisão atende a pressões das bancadas ruralista e do setor produtivo.

“O texto sofreu ajustes, mas mantém a essência: criar um sistema mais simples e estável”, ressaltou Zarattini. O texto foi aprovado na comissão por 13 votos a 12.

Senador Renan Calheiros e Deputado Rodrigo Maia em evento.
Câmara e Senado debatem o texto da MP.

Próximos Passos da MP e impacto fiscal

A MP 1.303/2025 segue agora para votação nos plenários da Câmara e do Senado. O prazo de validade da medida expira nesta quarta-feira (8), o que exige aprovação rápida para que as mudanças não percam efeito.

Caso seja convertida em lei, as novas regras entrarão em vigor a partir de 2026. As estimativas da Fazenda indicam uma expectativa de arrecadação de mais de R$ 17 bilhões no primeiro ano de vigência.

Fonte: InfoMoney

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