Jamie Dimon defende fim de balanços trimestrais obrigatórios

Jamie Dimon, CEO do J.P. Morgan, apoia o fim da divulgação obrigatória de balanços trimestrais, focando no longo prazo e na IA.
Jamie Dimon, CEO do J.P. Morgan Chase & Co., defende flexibilização nas exigências de divulgação de resultados. Jamie Dimon, CEO do J.P. Morgan Chase & Co., defende flexibilização nas exigências de divulgação de resultados.

Jamie Dimon, CEO do J.P. Morgan Chase & Co., expressou satisfação com a proposta de flexibilizar as exigências da Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) para a divulgação de lucros trimestrais. A mudança, segundo ele, poderia reduzir a pressão sobre os CEOs e incentivar o foco no crescimento a longo prazo.

Dimon ponderou que, mesmo sem a obrigatoriedade, o banco continuaria a atualizar os investidores trimestralmente, mas com um volume significativamente menor de informações. A SEC propôs recentemente o fim da divulgação trimestral para a maioria das empresas, permitindo que optem pela divulgação semestral, argumentando que o processo atual é custoso e desvia a atenção do crescimento sustentável.

Pressão por resultados e foco no longo prazo

O CEO do maior banco americano criticou a exigência de previsões trimestrais, afirmando que ela leva CEOs a tomarem decisões equivocadas para cumprir metas de curto prazo. A proposta visa mitigar essa pressão, permitindo que as empresas concentrem seus esforços em estratégias de maior fôlego. Defensores da divulgação trimestral, por outro lado, ressaltam a importância da transparência para os investidores.

Para Dimon, a exigência atual é uma pequena parte de um problema maior, onde regulamentações excessivas dificultam a abertura de capital. Ele já manifestou, em outras ocasiões, que as regulamentações onerosas e litígios representam obstáculos significativos aos mercados de ações, chegando a sugerir que fecharia o capital do J.P. Morgan se fosse possível, dada a complexidade regulatória.

Jamie Dimon, CEO do J.P. Morgan Chase & Co.
Jamie Dimon, CEO do J.P. Morgan Chase & Co., defende flexibilização nas exigências de divulgação de resultados.

Investimento em Inteligência Artificial

Em outra frente, Dimon revelou que o J.P. Morgan Chase & Co. investe anualmente US$ 2 bilhões em desenvolvimento de inteligência artificial (IA), gerando uma economia de custos similar. Ele destacou o potencial da IA para gerar bilhões em economia e auxiliar em diversas áreas, desde a cura de doenças até a otimização da jornada de trabalho.

O CEO tem sido um forte defensor das oportunidades proporcionadas pela IA, reconhecendo seu impacto na eliminação de empregos, mas ressaltando seus benefícios em termos de eficiência e novas aplicações. O banco já utiliza centenas de casos de uso para a tecnologia, com expectativa de expansão.

A discussão sobre a divulgação de balanços e os investimentos em novas tecnologias como a Inteligência Artificial refletem os desafios e as tendências que moldam o setor financeiro global. A busca por maior eficiência e a Adaptação a um cenário regulatório em constante mudança são cruciais para o futuro dos grandes bancos.

Fonte: Valor Econômico

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