Itaú reduz projeção do IPCA para 2025 após dado de inflação de setembro

Itaú reduz projeção do IPCA para 4,7% em 2025 após inflação de setembro vir abaixo do esperado. Veja as novas estimativas para câmbio e PIB.
projeção do IPCA — foto ilustrativa projeção do IPCA — foto ilustrativa

A equipe econômica do Itaú revisou suas projeções para a inflação e cortou a expectativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2025 de 5,0% para 4,7%. A justificativa para a alteração da projeção foi a surpresa positiva com a divulgação do dado referente a setembro, que registrou alta de 0,48%, um índice abaixo das expectativas do Mercado.

Inflação e Projeções do Itaú para o IPCA

O banco destacou a contribuição do grupo de alimentação para a inflação no restante do ano. Para 2026, o ajuste na projeção foi mais leve, passando de 4,4% para 4,3%. Esses cortes refletem uma reavaliação das tendências inflacionárias no Brasil.

Câmbio, PIB e Mercado de Trabalho: Visão do Itaú

As projeções para a taxa de câmbio foram mantidas em R$ 5,35 para 2025 e R$ 5,50 para 2026. O Itaú mantém a visão de que o real se beneficia de um ambiente de dólar mais enfraquecido, mas alerta que fatores domésticos ainda impactam a moeda brasileira e limitam avanços adicionais.

O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) também foi mantido em 2,2% para 2025, com viés de baixa, pois dados recentes indicam uma continuidade na desaceleração da economia. Para 2026, a projeção segue em 1,5%, com viés de alta.

No mercado de trabalho, os dados apontam para resiliência, mas com sinais de arrefecimento. A equipe econômica do Itaú considera que isso está em linha com a expectativa de uma leve alta na taxa de desemprego. A projeção é de 6,2% para o fim de 2025 e 6,5% para 2026. Essa dinâmica do mercado de trabalho é um dos fatores observados pela equipe.

Perspectiva para a Taxa Selic

A estimativa para a taxa Selic ao final de 2026 ficou em 12,75% ao ano, com o início do ciclo de flexibilização monetária previsto para o primeiro trimestre de 2026. Essa projeção considera a política monetária atual e as expectativas futuras.

Declaração do Comitê de Política Monetária (Copom)

A equipe do economista Mario Mesquita ressalta as declarações do Copom: “O Copom tem reafirmado o compromisso de manter juros elevados por bastante tempo a fim de garantir a convergência da inflação à meta. Apesar de sinais ambíguos de desaceleração da atividade e queda da inflação, o mercado de trabalho segue resiliente e as expectativas permanecem substancialmente acima da meta”. Essa fala reforça a postura do Banco Central diante do cenário econômico.

Fonte: InfoMoney

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