Nesta quinta-feira, 16, parlamentares da CPI do INSS rejeitaram a Convocação de José Ferreira da Silva, conhecido como Frei Chico, irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A base do Governo obteve a maioria na votação, vencendo o placar por 19 a 11. A decisão contou com o apoio de membros do Centrão e a ausência de integrantes da oposição.

Parlamentares Chave na Votação
Deputados como Átila Lira (PP-PI), Ricardo Ayres (Republicanos-TO) e Cleber Verde (MDB-MA) uniram-se aos governistas para barrar a proposta. A lista completa de votação individual demonstra as alianças formadas no Congresso.

Entenda o Caso de Frei Chico na CPI
Frei Chico é vice-presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindinapi), uma das entidades sob investigação na Operação Sem Desconto, da Polícia Federal. A operação apura descontos ilegais aplicados a aposentados. Embora Frei Chico ocupe uma posição de Liderança no sindicato, ele não é um dos investigados diretamente pela PF. A pauta da comissão incluía onze requerimentos para sua convocação, sendo um deles de autoria do relator da CPI, deputado Alfredo Gaspar (União-AL).
Justificativas e Controvérsias
Um dia antes da sessão, Alfredo Gaspar solicitou a Prisão preventiva do presidente do sindicato, Milton Baptista de Souza, o Milton Cavalo. Gaspar havia sinalizado essa intenção previamente, após o depoimento de Milton Cavalo na CPI, onde ele optou por permanecer em silêncio. A oitiva de Frei Chico era vista pelo relator como crucial para entender o funcionamento interno do sindicato e os acordos firmados. Gaspar argumentou que a convocação era necessária para detalhar como o sindicato obteve seu expressivo crescimento e se havia controle sobre os convênios estabelecidos.
Durante o depoimento de Milton Cavalo, o relator ameaçou justificar a convocação de Frei Chico com base no silêncio do dirigente. Essa postura gerou Protestos por parte de parlamentares da base governista. Milton Cavalo, quebrando o silêncio inicialmente apenas para responder ao deputado Paulo Pimenta (PT-RS), declarou que Frei Chico nunca teve papel administrativo no sindicato, atuando apenas em funções políticas e de representação sindical.
Fonte: Estadão