IPCA-15 de Outubro: Inflação sobe 0,18%, abaixo do esperado com queda na energia

IPCA-15 de outubro subiu 0,18%, abaixo do esperado. Queda na energia elétrica ajudou a frear inflação, que em 12 meses ficou abaixo de 5%. Veja detalhes.
IPCA-15 de Outubro — foto ilustrativa IPCA-15 de Outubro — foto ilustrativa

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) registrou uma alta de 0,18% em outubro, um resultado inferior às expectativas do Mercado, que projetavam um avanço de 0,25%. Este índice, que serve como prévia da inflação oficial, apresentou uma desaceleração em relação aos 0,48% de setembro.

Inflação em 12 meses abaixo de 5%

Com o resultado mensal, a taxa acumulada em 12 meses ficou em 4,94%, uma queda em relação aos 5,32% de setembro. A projeção para o fechamento deste indicador era de 5,01%. A meta oficial de inflação do país é de 3,0%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

Gráfico do Ibovespa, com o resultado do IPCA-15 de outubro.
Gráfico com o desempenho do Ibovespa, em contexto com os dados de inflação.

Pressão dos combustíveis e alívio na energia

O grupo de Transportes foi o que mais pressionou o índice em outubro, com uma alta de 0,41%, revertendo a queda de 0,25% observada em setembro. Os combustíveis foram os principais responsáveis, com elevação de 1,16%, seguidos pelas passagens aéreas (+4,39%). A gasolina subiu 0,99% e o etanol avançou 3,09%, enquanto o óleo diesel teve leve alta de 0,01%. No entanto, a Petrobras anunciou uma redução de 4,9% no preço médio da gasolina em suas refinarias a partir de 21 de outubro, buscando alinhar os preços aos do mercado Internacional.

Em contrapartida, o grupo Habitação apresentou uma desaceleração significativa na alta, registrando 0,16% em outubro, após um forte aumento de 3,31% em setembro. Isso se deve à queda de 1,09% na energia elétrica residencial, que havia disparado 12,17% no mês anterior. Em outubro, a bandeira tarifária era a vermelha patamar 1, com um custo adicional menor em comparação com o patamar 2 de setembro.

Alimentos perdem força, mas impactam bolso

Os custos de Alimentação e Bebidas, um item de grande peso no Orçamento familiar, registraram uma queda de 0,02% em outubro, uma desaceleração em relação à queda de 0,35% em setembro. Segundo o IBGE, a alimentação no domicílio recuou 0,10%, com deflações em produtos como cebola (-7,65%), ovo de galinha (-3,01%), arroz (-1,37%) e leite longa vida (-1,00%). Por outro lado, o óleo de soja (4,25%) e as frutas (2,07%) apresentaram altas significativas.

Perspectivas do Banco Central e Mercado

Em meio a este cenário, o Banco Central manteve a taxa básica de juros, a Selic, em 15%. A instituição indicou que o país entrou em um novo estágio da política monetária, com a expectativa de que a taxa permaneça inalterada por um longo período, visando a convergência da inflação para a meta. O BC projeta que a inflação se aproximará do centro da meta apenas no primeiro trimestre de 2028. A mais recente pesquisa Focus, realizada pelo BC, aponta que os especialistas esperam que a inflação feche o ano em 4,70%, com a Selic em 15%.

A dinâmica da inflação em outubro reflete a complexa interação entre fatores domésticos e internacionais. A queda nos preços da energia elétrica foi um fator crucial para conter o avanço do IPCA-15, apesar da pressão dos combustíveis e da perda de força na deflação dos alimentos. Analistas monitoram de perto como esses indicadores influenciarão as futuras decisões de política monetária do Banco Central.

Fonte: InfoMoney

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