A inflação ao consumidor nos Estados Unidos apresentou uma leitura abaixo das expectativas do mercado em setembro, impulsionando as principais bolsas de Nova York a testarem máximas históricas. Os dados reforçam a perspectiva de que o Federal Reserve (Fed) continuará com sua política de flexibilização monetária, apesar da escassez de informações devido à paralisação do Governo americano. Resultados corporativos positivos também têm sustentado os índices.
Mercado Reage à Inflação Americana e Expectativas para o Fed
Na manhã desta sexta-feira (24), o índice Dow Jones registrava alta de 0,58%, aproximando-se dos 47.005,33 pontos. O S&P 500 avançava 0,76%, alcançando 6.789,80 pontos, enquanto o Nasdaq subia 1,03%, a 23.177,87 pontos. O setor de tecnologia, em particular, teve um desempenho de 1,15%, impulsionado pelo bom resultado da Intel (+5,39%) após a divulgação de seus lucros trimestrais.
Detalhes do Índice de Preços ao Consumidor (CPI)
O Índice de Preços ao Consumidor (CPI) dos Estados Unidos apresentou uma alta de 0,3% em setembro, um valor inferior ao consenso de mercado, que projetava 0,4%. O núcleo do indicador, que exclui itens de maior volatilidade, registrou um aumento de 0,2%, também abaixo da previsão de 0,3%. A divulgação deste importante relatório de inflação ocorreu com atraso devido à paralisação governamental em curso nos EUA.
A inflação acumulada em 12 meses até setembro ficou em 3%, ainda acima da meta de 2% ao ano estabelecida pelo Federal Reserve (Fed). Contudo, a tendência de desaceleração alimenta a expectativa de que o banco central americano promova mais cortes na taxa de juros ainda em 2024. Dados da ferramenta “FedWatch Tool” do CME Group indicam que 94,5% das projeções apontam para duas reduções adicionais de 0,25 ponto percentual (p.p.) até o final do ano.
Perspectivas Econômicas e Cenário Pós-Inflação
A leitura mais branda da inflação pode sinalizar um alívio para os consumidores e empresas, além de reforçar a tese de que a política monetária está surtindo efeito. Analistas de Mercado indicam que a continuidade na flexibilização monetária, caso confirmada, pode impulsionar ainda mais os mercados acionários. No entanto, a incerteza gerada pela paralisação do governo americano e as tensões geopolíticas globais ainda representam riscos à estabilidade econômica.
Fonte: Valor Econômico
