Grandes nomes da indústria de energia, incluindo Petrobras, Shell, TotalEnergies, Equinor, SLB, Ocyan, Subsea7 e Capco, juntamente com o Instituto Brasileiro do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (IBP), firmaram nesta quinta-feira (30) o inédito “Pacto pela Equidade de Gênero Offshore”. A iniciativa visa promover um ambiente de trabalho mais inclusivo e atrair mais talentos femininos para operações em alto-mar.
Compromissos Práticos para a Inclusão Feminina
O principal objetivo do pacto é estabelecer compromissos práticos que tornem o ambiente de trabalho offshore mais adequado, seguro e inclusivo. A intenção é não apenas atrair, mas também reter talentos femininos, superando barreiras históricas que limitavam a participação das mulheres neste setor.
Superando Desafios Históricos no Setor Offshore
Historicamente, o setor de petróleo e gás era visto como um ambiente desafiador para mulheres. A própria diretora de Exploração e Produção da Petrobras, Sylvia Anjos, que será uma das homenageadas no lançamento do pacto, compartilhou suas experiências em Entrevista ao Estadão/Broadcast em 2023. Ela relatou ter enfrentado entraves significativos em sua trajetória profissional.
Sylvia Anjos foi pioneira ao se tornar a primeira mulher a embarcar em uma plataforma de petróleo no Brasil, em 1979. Na época, com apenas 21 anos, ela derrubou barreiras, mas ainda precisou lidar com restrições, como não poder dormir a bordo e ter que se deslocar diariamente de um hotel, diferentemente de seus colegas que dispunham de acomodações na própria plataforma.
Avanços na Liderança Feminina na Petrobras
O evento de lançamento do pacto contou com a presença de representantes de todas as companhias signatárias. Sylvia Anjos foi homenageada por sua trajetória pioneira. Sua presença na Diretoria da Petrobras simboliza um avanço notável: pela primeira vez, a estatal possui mais mulheres do que homens em sua diretoria executiva. Cinco executivas compõem o colegiado, incluindo a presidente Magda Chambriard, demonstrando um movimento positivo rumo à maior representatividade feminina em posições de Liderança no setor energético brasileiro.
Fonte: Estadão