Ibovespa sobe aos 147 mil pontos com otimismo e ações de primeira linha

Ibovespa volta a subir aos 147 mil pontos com otimismo externo e força de ações de primeira linha como Vale e Petrobras. Veja a análise.

O Ibovespa iniciou o pregão da última terça-feira (28) com viés de baixa, mas rapidamente reverteu a tendência, migrando para o terreno positivo. A alta foi impulsionada, em grande parte, por ações de primeira linha, como Vale (VALE3), Petrobras (PETR3; PETR4) e os grandes bancos. Em Nova York, as bolsas operavam em alta, após registrarem recordes, impulsionadas por sinais de avanços nas negociações comerciais entre Estados Unidos e China.

As incertezas fiscais no Brasil continuam sob observação. Naquele dia, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, almoçou com o relator do projeto de Isenção de Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, Renan Calheiros (MDB-AL). O governo busca articulação com o Congresso Nacional para viabilizar a aprovação do Orçamento de 2026. Além disso, o executivo estuda alternativas para mitigar o rombo fiscal gerado pela derrubada da Medida Provisória que alterava o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

A agenda econômica nacional mais esvaziada e o recuo de 1% nas cotações do petróleo no mercado internacional limitaram o avanço do principal índice da B3. No dia anterior, o Ibovespa havia renovado Marcas inéditas em seu histórico, tanto no intraday quanto no fechamento, impulsionado pelo otimismo gerado pela conversa entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente dos EUA, Donald Trump, sobre a possibilidade de revisão das tarifas impostas a produtos brasileiros.

Gráfico de ação da Petrobras em alta.
Ações da Petrobras (PETR4) impulsionam o Ibovespa.

Contexto Econômico Global e Brasileiro

“O Mercado opera com moderação após a alta significativa de ontem, com ajustes na curva [de juros] e no câmbio, enquanto o Ibovespa flerta com a estabilidade. A agenda [de hoje] está mais focada em expectativas pelo corte de juros pelo Fed [Federal Reserve] amanhã e pelos balanços de big techs”, analisa Matheus Spiess, analista da Empiricus Research.

A expectativa é que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) divulgue sua decisão sobre a taxa de juros na tarde de quarta-feira. Espera-se que o banco central americano promova uma redução de 0,25 ponto percentual, sendo o segundo corte consecutivo.

Além da queda esperada para esta semana, André Valério, economista sênior do Inter, estima outro declínio de 0,25 ponto no encontro de dezembro. Segundo ele, as declarações dos membros votantes do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) do Fed, desde a última reunião, indicam que a flexibilização da política monetária para dar suporte ao mercado de trabalho é uma decisão razoável neste momento.

A perspectiva de novos cortes de juros pelo Fed tende a abrir espaço para que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil inicie o processo de queda da taxa Selic. A maioria das projeções aponta para o início desse ciclo em janeiro de 2026.

Gráfico do desempenho do Ibovespa.
Desempenho do Ibovespa na bolsa brasileira.

Atração de Investidores Estrangeiros e Mercado

Para Daniel Gewehr, estrategista-chefe de ações para Brasil e América Latina (LatAm) do Itaú BBA, esse cenário de queda de juros deve atrair investidores estrangeiros para a B3. Essa estimativa ocorre apesar da saída de recursos internacionais observada em outubro, que totalizou R$ 3,282 bilhões até o fim da semana passada, configurando o pior desempenho em seis anos.

No fechamento do pregão anterior, o Índice Bovespa registrou alta de 0,55%, terminando aos 146.969,10 pontos, um novo recorde de fechamento. Durante o pregão, o índice chegou a atingir a marca inédita de 147.976,99 pontos, com uma valorização de 1,23%.

Desempenho das Ações na Terça-feira

Às 11h02 da manhã da terça-feira, o Ibovespa apresentava uma leve alta de 0,18%, alcançando 147.228,77 pontos. As ações da Vale subiam 0,45%, enquanto os papéis da Petrobras registravam ganhos entre 0,63% (PN) e 0,50% (ON). Entre os grandes bancos, apenas as Units do Santander (SANB11) operavam no campo negativo, com uma desvalorização de 0,44%.

Fonte: InfoMoney

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