Ibovespa Bate Recordes com Otimismo Global e Relações Brasil-EUA

Ibovespa renova máximas históricas impulsionado por otimismo global, alívio nas tensões comerciais e boas perspectivas de inflação no Brasil. Destaques para MBRF3 e USIM5.
Ibovespa renova recordes — foto ilustrativa Ibovespa renova recordes — foto ilustrativa

O Ibovespa encerrou o pregão desta segunda-feira em alta, atingindo novas máximas históricas e se aproximando da marca de 148 mil pontos. O desempenho positivo foi impulsionado pelo otimismo nos mercados internacionais, especialmente em Wall Street, e por projeções mais favoráveis para a inflação no Brasil. A ação da MBRF (MBRF3) registrou um salto expressivo após um acordo com o fundo soberano da Arábia Saudita.

Gráfico de desempenho do Ibovespa em dia de recordes.
Gráfico ilustra o desempenho do Ibovespa.

Contexto Internacional e Relações Bilaterais

As discussões comerciais entre autoridades chinesas e norte-americanas geraram expectativas de um acordo entre as duas maiores economias globais, com um encontro entre os presidentes Donald Trump e Xi Jinping previsto para esta semana. Essa perspectiva de desescalada das tensões comerciais impactou positivamente a bolsa brasileira.

Adicionalmente, o encontro entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump no domingo também adicionou um tom positivo. Lula declarou que o presidente norte-americano “garantiu” durante a reunião que Brasil e EUA chegarão a um acordo sobre comércio, sinalizando um possível avanço nas relações bilaterais.

Decisão de Juros e Agenda Econômica

A semana será marcada pela decisão de juros do Federal Reserve (Fed) na quarta-feira. As expectativas do Mercado apontam para um corte de 0,25 ponto percentual, o que pode injetar ainda mais liquidez nos mercados globais.

Na bolsa paulista, o Ibovespa fechou com alta de 0,55%, estabelecendo um novo Recorde em 146.969,1 pontos. O volume financeiro negociado foi de R$ 16,488 bilhões, inferior à média diária mensal.

Gráfico da cotação do dólar em relação ao real.
Dólar em queda reflete otimismo no mercado.

Análise de Mercado e Destaques Corporativos

Segundo Nícolas Merola, analista da EQI Research, a semana é crucial para os mercados, impulsionada pelas expectativas em torno da reunião entre Trump e Xi. Essa melhora no sentimento de risco global está favorecendo ativos de risco, como as ações brasileiras.

Em Wall Street, o S&P 500 atingiu um novo pico histórico, impulsionado pelas expectativas de corte de juros pelo Fed e pela antecipação de resultados de grandes empresas de tecnologia. A lista de balanços inclui gigantes como Alphabet, Meta, Amazon e Microsoft.

A temporada de resultados no Brasil também ganha destaque. Empresas como Vale, Bradesco, Ambev, Gerdau e Telefônica Brasil divulgarão seus balanços do terceiro trimestre. A análise desses resultados será fundamental para orientar as decisões dos investidores.

Perspectivas para a Inflação e Dados do Copom

A pesquisa Focus divulgada nesta segunda-feira indicou uma nova redução nas projeções de inflação para 2025 e 2026. A mediana das estimativas para o IPCA deste ano caiu para 4,56%, aproximando-se da meta estabelecida pelo Banco Central. Essa desaceleração inflacionária pode abrir espaço para futuras decisões de política monetária.

Destaques da Bolsa

  • MBRF ON (MBRF3): Avançou 6,45% após sua subsidiária assinar contrato com o fundo soberano da Arábia Saudita, prevendo um IPO da BRF Arabia em 2027.
  • USIMINAS PNA (USIM5): Subiu 10,53%, recuperando-se da queda anterior, com a empresa avaliando o pagamento de dividendos.
  • MAGAZINE LUIZA ON (MGLU3): Valorizou-se 5,45%, impulsionada por notícias do setor de varejo, como o investimento em cupons de desconto do Mercado Livre.
  • RAÍZEN PN (RAIZ4): Caiu 2,06% em meio a preocupações com o endividamento da empresa, após a Fitch Ratings cortar sua nota.
  • MINERVA ON (BEEF3): Recuou 0,42% após uma sequência de altas, em um cenário de maior cota tarifária para carne bovina argentina nos EUA.
  • BANCO DO BRASIL ON (BBAS3): Valorizou-se 1,61%, acompanhando a alta dos bancos do Ibovespa. Itaú Unibanco, Bradesco e Santander também apresentaram ganhos.
  • PETROBRAS PN (PETR4): Subiu 0,54%, beneficiada pela alta do petróleo e dados positivos de produção.
  • VALE ON (VALE3): Cedeu 0,11%, apesar da alta do minério de ferro na China, com foco nas tensões comerciais entre EUA e China.
  • AMBIPAR ON (AMBP3): Disparou 34,62% após decisão judicial favorável à recuperação judicial do grupo no Rio de Janeiro.

Fonte: InfoMoney

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