Ibovespa: Bolsa brasileira recua com aversão global ao risco e alertas de Wall Street

Ibovespa recua com aversão global a risco e alertas de Wall Street sobre queda no mercado. Saiba os motivos e o desempenho das ações.
Ibovespa — foto ilustrativa Ibovespa — foto ilustrativa

O Ibovespa opera em leve queda nesta terça-feira, após ter ultrapassado os 150 mil pontos na véspera. O movimento é impulsionado pela forte aversão a risco nos mercados globais, intensificada por incertezas sobre possíveis cortes de juros nos Estados Unidos em dezembro e pela decepção com os resultados da Palantir Technologies, referência em inteligência artificial.

Alerta de CEOs de Wall Street sobre Queda no Mercado

A cautela dos investidores é reforçada por alertas emitidos por presidentes de grandes bancos americanos. Segundo relatórios do Goldman Sachs e do Morgan Stanley, os investidores devem se preparar para uma possível queda superior a 10% no Mercado acionário nos próximos 12 a 24 meses. Essa perspectiva contribui para um cenário de maior volatilidade.

Por volta das 10h30, o índice perdia 0,21%, negociado aos 150.136 pontos. A mínima registrada foi de 149.979 pontos, enquanto a máxima atingiu 150.453 pontos. No cenário Internacional, o futuro do S&P 500 operava em queda de 1,11%, e o Stoxx 600 cedia 0,75%. O volume projetado para o Ibovespa no horário citado era de R$ 12,2 bilhões.

Desempenho das Ações e Reação aos Balanços

Na ponta negativa do pregão, as ações da CSN ON caíam 1,83%, em reflexo à queda do minério de ferro no mercado Internacional e antecedendo a divulgação de seus resultados trimestrais. Vale ON cedia 0,87%, e os papéis preferenciais e ordinários da Petrobras apresentavam quedas de 0,07% e 0,28%, respectivamente.

Os agentes do mercado também estão reagindo aos balanços corporativos. Em contraste, a BB Seguridade ON avançava 2,80%, após reportar um Lucro gerencial cerca de 13% superior ao registrado no mesmo período do ano passado, totalizando R$ 2,56 bilhões. As units da Klabin também registravam alta de 2%. O Itaú BBA avalia que, apesar de um desempenho abaixo do esperado na divisão de celulose, os resultados resilientes nos segmentos de papel e embalagem compensaram as perdas.

Contexto Econômico e Perspectivas para os Juros

O cenário de aversão ao risco global impacta diretamente o mercado brasileiro, que monitora atentamente as decisões de política monetária de outros países e os indicadores econômicos locais. A expectativa em torno de possíveis cortes na taxa de juros nos Estados Unidos é um fator crucial para a direção dos mercados.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comentou na véspera da reunião do Copom que, se estivesse na posição de presidente do Banco Central, votaria pela queda dos juros. Essa declaração adiciona um elemento de expectativa sobre as futuras decisões de política monetária no Brasil.

Fonte: Valor Econômico

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