Ibovespa Recorde: Bolsa Brasileira Sobe 2% em Outubro Rumo aos 149 Mil

Ibovespa atinge novo recorde acima de 149 mil pontos em outubro, com alta de 2% no mês. Entenda os fatores e próximos passos para o mercado brasileiro.
Ibovespa fecha acima dos 149 mil — foto ilustrativa Ibovespa fecha acima dos 149 mil — foto ilustrativa

O Ibovespa encerrou outubro em alta de 2,26%, marcando o terceiro mês consecutivo de ganhos e o oitavo mês positivo no ano. O índice acumulou uma valorização de 24,33% em 2024, demonstrando força no Mercado acionário brasileiro.

Nesta sessão, o Ibovespa avançou 0,52%, atingindo 149.549 pontos, segundo dados preliminares. O índice chegou a alcançar a máxima de 149.635,9 pontos durante o dia, refletindo um forte otimismo dos investidores.

Fundamentos por Trás da Alta do Ibovespa

Gustavo Cruz, estrategista-chefe da RB Investimentos, destaca que existem fundamentos sólidos para o movimento de alta contínuo do Ibovespa. A recente redução das taxas de juros nos Estados Unidos contribuiu para o cenário favorável.

Christian Iarussi, economista e sócio da The Hill Capital, aponta que o novo Recorde do índice reflete a queda nos juros futuros e resultados corporativos positivos. A Vale (VALE3), em particular, surpreendeu o mercado com um Lucro acima das projeções.

“Vejo que o mercado, de certa forma, mostra disposição em ‘fechar os olhos’ para o risco fiscal no curto prazo e continuar surfando o bom humor global”, comenta Iarussi. Sidney Lima, analista da Ouro Preto Investimentos, reforça a confiança na resiliência do mercado local, impulsionada por lucros corporativos sólidos e pela expectativa de continuidade nos cortes de juros no Brasil e no mundo.

Contudo, Lima alerta para a necessidade de atenção: “Quanto mais o índice se aproxima de patamares recordes, maior é a sensibilidade a revisões de expectativa e movimentos abruptos de correção”.

Gráfico da taxa de desemprego no Brasil, mostrando mínima histórica.
Taxa de desemprego registra mínima histórica no Brasil.

Cenário Internacional e Resultados Corporativos

Nos Estados Unidos, balanços fortes de gigantes da tecnologia como Amazon e Netflix trouxeram alívio ao mercado, após uma semana de volatilidade. O mercado americano continua a calibrar as apostas sobre as próximas ações do Federal Reserve (Fed), que mantém um discurso cauteloso quanto a novos cortes de juros em dezembro.

A forte apetite por risco global, impulsionado por resultados corporativos robustos e pela perspectiva de estabilidade monetária no Brasil, sustentou a alta do Ibovespa. O dólar manteve um comportamento contido e os juros futuros recuaram levemente.

A semana foi marcada pela transição nas expectativas de política monetária. O Fed reduziu a taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual, para a banda entre 3,75% e 4,00%. No entanto, o discurso de Jerome Powell moderou o entusiasmo, indicando que o caminho para a meta de inflação de 2% ainda é longo.

Mercado de Trabalho Brasileiro e Dívida Pública

Dados do IBGE revelaram que a taxa de desemprego no Brasil encerrou o terceiro trimestre em 5,6%, atingindo o menor contingente de pessoas sem trabalho da história. A equipe do Goldman Sachs observa que, embora o crescimento do emprego esteja desacelerando nas margens, o mercado de trabalho continua aquecido.

Gráfico da dívida pública bruta do Brasil como proporção do PIB.
Dívida pública bruta do Brasil sobe e fecha setembro em 78,1% do PIB.

A agenda econômica também incluiu dados da dívida pública bruta do país como proporção do PIB, que atingiu 78,1% em setembro, um aumento em relação aos 77,5% do mês anterior. A dívida líquida do setor público subiu para 64,8%.

Próximos Passos: Copom e Perspectivas para o Ibovespa

A atenção do mercado se volta agora para a reunião do Copom na próxima quarta-feira (5). O consenso aponta para a manutenção da taxa Selic em 15%. Christian Iarussi prevê que o Banco Central reconhecerá a melhora no ambiente inflacionário e a previsibilidade externa, mas dificilmente sinalizará cortes de juros no curto prazo.

O Banco Central deve manter um tom equilibrado e vigilante, reforçando seu compromisso com a ancoragem das expectativas de inflação. “O compromisso com a ancoragem das expectativas”, avalia Iarussi.

Gráfico ilustrando a projeção de alta do Ibovespa para 155 mil pontos.
JPMorgan projeta Ibovespa a 155 mil pontos até o fim do ano.

O JPMorgan indicou que o Ibovespa tem potencial para alcançar 155 mil pontos até o fim do ano. Três fatores sustentam essa projeção: a queda da inflação e das expectativas, permitindo cortes mais rápidos na Selic; o afrouxamento monetário do Federal Reserve, que impulsiona ações latino-americanas; e a melhoria no cenário tarifário global.

Fonte: InfoMoney

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