Ibovespa opera em alta com dólar e juros em foco; veja movimentações

Nesta sexta-feira, o Ibovespa opera em alta, acompanhado por variações no dólar e nos juros futuros, refletindo um dia movimentado nos mercados financeiros. O índice principal da B3 busca consolidar ganhos em meio a uma agenda econômica repleta de dados e decisões importantes.

Movimentações do Mercado Financeiro

O Ibovespa atingiu novas máximas intraday, superando os 142 mil pontos, enquanto o dólar comercial apresentou volatilidade, mas com tendência de avanço, cotado em torno de R$ 5,39. Os juros futuros, por sua vez, operam em queda em toda a curva, sinalizando uma possível influência de fatores domésticos e internacionais.

Os preços do petróleo sofreram quedas, com o WTI recuando 1,28% e o Brent 1,30%, após o anúncio de um cessar-fogo entre Israel e o Hamas. Em contraste, o minério de ferro fechou em alta na China, impulsionado por expectativas de preços mais fortes para o aço.

Análises Econômicas e Projeções

O Itaú BBA divulgou revisões em suas projeções econômicas. Para os EUA, o banco elevou a previsão de crescimento do PIB para 2025 e 2026, mas ainda espera cortes na taxa de juros pelo Fed para conter o mercado de trabalho. Quanto ao Brasil, o Itaú BBA manteve a projeção de resultado primário em -0,6% para 2025 e revisou para -0,8% em 2026, citando o impacto da reforma da renda.

Em relação à inflação, a projeção para o IPCA de 2025 foi reduzida de 5,0% para 4,7%, com o banco destacando a contribuição do grupo de alimentação. Para 2026, a estimativa é de 4,3%. O Mercado de trabalho brasileiro mostra sinais incipientes de arrefecimento, mas o banco mantém projeções de queda na taxa de desemprego.

O Itaú BBA também manteve suas projeções para a taxa de câmbio, em R$ 5,35 para 2025 e R$ 5,50 para 2026, apontando que o real se beneficia de um dólar globalmente mais fraco, mas fatores domésticos podem limitar avanços adicionais.

Notícias Corporativas e Setoriais

A Ambipar (AMBP3) informou sobre a redução da participação de seu acionista controlador. A JHSF (JHSF3) teve sua aquisição da BYS elogiada pelo Bradesco BBI, que destaca a exposição a um segmento de luxo global em crescimento. A Natura (NATU3) firmou protocolo de incorporação da Avon Industrial como parte de sua estratégia de simplificação. A Smartfit (SMFT3) planeja emitir pelo menos R$ 1 bilhão em debêntures. A Cyrela (CYRE3) registrou um aumento de 62% nos lançamentos no terceiro trimestre.

A Aura Minerals reiterou suas estimativas de produção para 2025 após um trimestre de crescimento Recorde. A Volkswagen reportou crescimento nas vendas no terceiro trimestre, impulsionado pela Europa e veículos elétricos.

Em relação a commodities, a China ampliou controles sobre terras raras e reforçou restrições a chips de IA da Nvidia. A exportação de suco de laranja do Brasil apresentou queda no primeiro trimestre da safra 2025/26 devido a um atraso na colheita.

Cenário Político e Internacional

O cenário político internacional esteve em destaque, com Israel declarando que o Hamas foi derrotado em áreas de combate. Na França, a incerteza política afeta a confiança e o crescimento, com o presidente Macron buscando nomear um novo primeiro-ministro. No Japão, o ministro das Finanças expressou preocupação com movimentos rápidos e unilaterais do iene. O Congresso peruano destituiu a presidente Dina Boluarte.

Nos EUA, a paralisação do governo completa dez dias, com pouca progressão nas negociações entre republicanos e democratas. A temporada de resultados do terceiro trimestre está prestes a começar para grandes bancos como Citi e JPMorgan.

Destaques da Semana e do Dia

O Ibovespa fechou a quinta-feira com baixa de 0,31%, aos 141.708,19 pontos, acumulando perdas na semana e em outubro. O dólar comercial terminou o dia anterior com alta de 0,58%, a R$ 5,375. A taxa Selic segue em foco, com o Itaú BBA projetando a taxa de juros em 12,75% ao final de 2026, devido à resiliência do mercado de trabalho e expectativas inflacionárias acima da meta.

Fonte: InfoMoney