Ibovespa fica estável com tensões EUA-China; Embraer e Bradesco se destacam

Ibovespa fecha quase estável em meio a tensões EUA-China. Embraer e Bradesco impulsionam índice; Petrobras e Cogna recuam. Saiba mais.
Ibovespa fecha — foto ilustrativa Ibovespa fecha — foto ilustrativa

O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, fechou esta terça-feira com variação mínima negativa de 0,07%, a 141.682,99 pontos. O volume financeiro somou R$19,5 bilhões, em um dia marcado pela volatilidade gerada por receios persistentes nas relações comerciais entre Estados Unidos e China. No entanto, o desempenho de papéis como Embraer e Bradesco impulsionou o índice, mitigando as perdas.

As tensões comerciais entre as duas maiores economias do mundo voltaram ao foco após a imposição de taxas portuárias adicionais por ambos os lados. No final da tarde, o presidente dos EUA, Donald Trump, chegou a ameaçar encerrar alguns laços comerciais com a China, intensificando o cenário de incerteza global.

Em Nova York, o S&P 500 registrou um declínio modesto de 0,16%. Os resultados trimestrais de grandes bancos americanos também estiveram no centro das atenções, dando início à temporada de balanços na maior economia do mundo.

“O Mercado está tentando entender como os efeitos da guerra comercial pesaram no balanço das corporações”, comentou Willian Queiroz, sócio e advisor da Blue3 Investimentos.

No cenário doméstico, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou em audiência no Senado que o Governo iniciará, a partir de quarta-feira, a busca por alternativas para compensar o impacto orçamentário do arquivamento da MP 1303.

Em meio aos ajustes do mês de outubro, uma pesquisa do Bank of America com gestores de fundos revelou que a maioria (54%) projeta o Ibovespa acima dos 160 mil pontos até o final de 2026, enquanto 17% antecipam o índice ultrapassando os 180 mil pontos.

Destaques da Bolsa

A Embraer ON (EMBR3) apresentou uma forte alta de 4,89%, impulsionada por um novo pedido firme da TrueNoord, especializada em leasing de aeronaves, para 20 jatos E195-E2, avaliado em US$1,8 bilhão. O acordo também inclui direitos de compra para até 30 aeronaves adicionais. Adicionalmente, a Moody’s elevou a perspectiva das notas de crédito da Embraer para positiva, citando melhorias contínuas em seus indicadores e fortes resultados operacionais.

Gráfico do Ibovespa com variação em tempo real, refletindo a estabilidade do índice no dia.
Ibovespa mostra estabilidade em meio a tensões comerciais.

O BTG Pactual ON (BPAC11) recuou 1,92% após propor a incorporação das ações do Banco Pan, no qual já detém 76,9%. A oferta envolve uma troca de ações, com um prêmio superior a 30% sobre o preço do dia anterior. O Banco Pan PN (BPAN4), que não integra o Ibovespa, disparou 26,49%.

As ações da Petrobras, PETR4 (-0,69%) e PETR3 (-0,06%), apresentaram queda em linha com a fraqueza dos preços do petróleo no exterior, que afetou o setor. Outras empresas de energia como Brava Energia ON (BRIV3) recuaram 3,4%, Prio ON (PRIO3) cedeu 2,7% e Petroreconcavo ON (RECV3) caiu 1,23%. A estatal informou que o Ibama solicitou mais informações para o Licenciamento de um poço na Bacia da Foz do Amazonas, pegando a CEO da empresa de surpresa.

Em contrapartida, o Bradesco PN (BBDC4) avançou 1,42% após o Goldman Sachs elevar sua recomendação para neutra. O Santander Brasil Unit (SANB11) recuou 1,05% após ser rebaixado para venda. Itaú Unibanco PN (ITUB4) manteve recomendação de compra e subiu 0,43%, enquanto Banco do Brasil ON (BBAS3) manteve recomendação neutra e perdeu 0,86%.

A Cogna ON (COGN3) caiu 3,97%, estendendo a correção de outubro para cerca de 13%, após um forte rali em setembro. A recente Suspensão pelo Ministério da Educação de prazos para autorização de cursos de medicina contribuiu para o movimento. Yduqs ON (YDUQ3) cedeu 0,43% no setor.

A Minerva ON (BEEF3) encerrou em alta de 2,48%, endossada por um relatório do Itaú BBA que manteve recomendação “outperform” e elevou o preço-alvo para R$9 até o final de 2026. No setor, MBRF ON (MBRF3) caiu 3,71%, renovando mínimas.

A Vale ON (VALE3) fechou estável, acompanhando o declínio dos futuros do minério de ferro na China.

Fonte: InfoMoney

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