Ibovespa: CVC na mira da B3 para sair do índice; Copasa é a aposta

A CVC pode estar prestes a ser removida do principal índice da Bolsa brasileira. Segundo análise do Bank of America (BofA), a empresa de turismo figura como a candidata mais provável para sair da próxima composição do Ibovespa, cujo anúncio oficial da B3 será feito em 1º de dezembro. As alterações entram em vigor a partir de 5 de janeiro de 2026.

A possível exclusão da CVC do Ibovespa se deve aos seus indicadores de negociabilidade, que, de acordo com o banco, estão abaixo do mínimo exigido para a permanência no índice. Caso a exclusão se concretize, o movimento pode gerar saídas de capital equivalentes a um dia de negociação no Mercado.

Copasa: a aposta para integrar o Ibovespa

Em contrapartida, a Copasa desponta como a principal aposta para ingressar no Ibovespa. O BofA estima que, com uma possível inclusão, o peso da companhia mineira no índice seria de 0,3%. A entrada da ação da Copasa tem potencial para atrair fluxos compradores equivalentes a dois dias de negociação, aumentando o interesse do mercado no papel.

Outras empresas em observação

Empresas como a Copel e a Tenda também estão no radar para futuras revisões do Ibovespa. Relatórios indicam que ambas as companhias apresentam métricas de liquidez próximas ao patamar necessário para integrar o índice, mas ainda precisam aprimorar esses indicadores em comparação com outros papéis.

No grupo de risco de exclusão, a Braskem e a Petrorecôncavo figuram entre as companhias com menor Índice de Negociabilidade (IN). O BofA esclarece que, para que uma ação seja retirada do Ibovespa, seu IN precisa ficar abaixo de 90%.

Desempenho e Fluxo dos Mercados

O BofA também analisou o desempenho recente dos mercados. Em dólares, o Ibovespa registrou uma valorização de 3,2% na semana, superando o índice mexicano Mexbol (0,3%). Em contraste, os mercados emergentes apresentaram recuo de 1%, e o S&P 500 norte-americano caiu 1,8%.

Os fundos de ações brasileiros experimentaram uma saída líquida de R$ 0,3 bilhão na última semana. No acumulado do ano, as retiradas somam R$ 44 bilhões, conforme dados do BofA. Em contrapartida, fundos focados em mercados emergentes atraíram US$ 12,5 bilhões na semana, totalizando US$ 65 bilhões no ano, valor significativamente superior aos US$ 14 bilhões registrados em 2024.

O banco destacou ainda a recente revisão periódica do MSCI, índice global que acompanha o desempenho de ações em diversos países. Na América Latina, as empresas Stone e Plaza foram adicionadas, enquanto a Qualitas foi removida. O MSCI estima que as ações da Stone atrairão fluxo comprador equivalente a dois dias de negociação, e a Plaza, a dez dias. A saída da Qualitas, por sua vez, deve gerar um fluxo vendedor estimado em oito dias. Essas mudanças têm validade a partir do fechamento do mercado em 24 de novembro deste ano.

Fonte: InfoMoney