Ibovespa: 13ª alta seguida e recorde com Petrobras; entenda o cenário

Ibovespa alcança 13ª alta seguida e renova recordes com impulso da Petrobras. Analistas comentam cenário e perspectivas para o mercado brasileiro.
Ibovespa alta seguida Petrobras — foto ilustrativa Ibovespa alta seguida Petrobras — foto ilustrativa

O Ibovespa (IBOV) encerrou o pregão de sexta-feira com uma expressiva 13ª alta diária consecutiva, renovando recordes de fechamento. Esse feito não era visto desde 1997 e se aproxima da sequência de 15 altas de 1994, durante o nascimento do Plano Real. O índice da B3 fechou a 154.063,53 pontos, com giro de R$ 24,2 bilhões, acumulando um ganho de 3,02% na semana e 28,08% no ano.

Ibovespa em Rumo Histórico e Impacto da Petrobras

A Petrobras foi um dos grandes destaques da sessão, impulsionando o índice após divulgar seu balanço do terceiro trimestre e anunciar a distribuição de R$ 12 bilhões em dividendos. As ações PETR3 dispararam 4,83% e PETR4 avançou 3,77%. Esse desempenho se contrapôs à performance negativa de outras blue chips, como a Vale ON (VALE3), que caiu 1,10%, e a CSN ON (CSNA3), com perdas de até 1,76%.

O setor financeiro, que tem grande peso no Ibovespa, também demonstrou força no final da tarde. Ações de grandes bancos como Itaú PN (ITUB4) e Santander Unit (SANB11) registraram ganhos de 0,10% e 0,56%, respectivamente. Bradesco (BBDC3/BBDC4) e Santander também fecharam nas máximas do dia.

Gráfico de desempenho do Ibovespa em alta consecutiva.
Ibovespa segue em forte tendência de alta.

Análise do Cenário e Perspectivas de Mercado

Apesar da sequência impressionante de altas, a realização de lucros era esperada por analistas. No entanto, o forte desempenho da Petrobras e a boa temporada de resultados corporativos têm sustentado o apetite por ações na B3. Segundo José Áureo Viana, economista da Blue3 Investimentos, a distribuição de dividendos pela estatal foi crucial para manter o ímpeto do índice.

A estrategista de investimentos da XP, Rachel de Sá, destaca que o otimismo do Mercado brasileiro tem se mantido mesmo diante da comunicação do Banco Central sobre a taxa Selic. A expectativa é de que os juros comecem a ser cortados no primeiro trimestre de 2025, o que favorece o carrego e a apreciação do real. Ela também aponta para uma rotação global de ativos, com investidores buscando alternativas fora do setor de inteligência artificial.

Comparativo de desempenho do Ibovespa com outros índices.
Ibovespa supera outros índices em desempenho anual.

Desempenho de Ações e Tendências Internacionais

Na ponta ganhadora do Ibovespa, além da Petrobras, destacaram-se MBRF (+5,86%), SLC Agrícola (+4,16%) e Fleury (+3,97%). Já Cogna (COGN3) e PetroReconcavo (RECV3) figuraram entre as maiores baixas, com recuos de 6,93% e 6,39%, respectivamente.

No cenário internacional, os índices americanos apresentaram desempenho misto. O Nasdaq fechou em baixa de 0,21%, enquanto o Dow Jones e o S&P 500 registraram altas de 0,16% e 0,13%. O dólar à vista no Brasil cedeu 0,25%, a R$ 5,3357, acumulando perda de 0,83% na semana.

Matheus Spiess, analista da Empiricus Research, comenta que o mercado americano segue em correção, com dúvidas sobre o setor de tecnologia. A expectativa de corte de juros pelo Fed em dezembro pode favorecer o real e atrair mais investidores para a bolsa brasileira.

No Brasil, a notícia sobre a reabertura do mercado chinês para o frango brasileiro impulsionou as ações da MBRF. Por outro lado, Cogna e Ânima apresentaram resultados fortes no terceiro trimestre, com animações saltando mais de 100% no acumulado do ano.

Gráfico de desempenho das ações da Cogna.
Ações da Cogna registraram perdas na sessão.

Fonte: InfoMoney

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