Ibovespa Oscila: Bancos e Commodities Ditame a Baixa a 144 Mil Pontos

Ibovespa recua 0,29% e se acomoda a 144 mil pontos, pressionado por bancos e commodities. Veja a análise completa.
Ibovespa 144 mil pontos — foto ilustrativa Ibovespa 144 mil pontos — foto ilustrativa

O Ibovespa registrou uma leve baixa, acomodando-se aos 144 mil pontos nesta terça-feira. Após uma recuperação moderada nos dias anteriores, o índice fechou em 144.085,15 pontos, com uma desvalorização de 0,29% e um giro de R$ 15,7 bilhões. Na semana, o índice acumula alta de 0,48%, mas ainda registra um recuo de 1,47% no mês. No ano, o desempenho positivo se mantém próximo a 20%, com ganho acumulado de 19,79%.

Setores em Destaque e Desempenho das Ações

As principais ações do mercado, conhecidas como blue chips, voltaram a apresentar fraqueza. No setor bancário, Banco do Brasil (ON) recuou 1,11%, Bradesco (BBDC3 e BBDC4) fechou com perdas de 0,98% e 1,33%, respectivamente, e Itaú Unibanco (ITUB4) cedeu 0,94%. No segmento de commodities, a Petrobras (PETR3 e PETR4) manteve a tendência de queda observada no dia anterior, com desvalorizações de 1,05% e 0,81%. A Vale (VALE3), uma das maiores empresas do índice, também registrou leve baixa de 0,16%.

Na ponta positiva do Ibovespa, destacaram-se a Vamos (VAMO3), com alta de 6,90%, a Embraer (EMBR3) com 5,12%, e a Raízen (RAIZ4) com 4,35%. No lado oposto, a Brava (BRAVA3) liderou as quedas com -5,84%, seguida por Pão de Açúcar (PCAR3) com -3,24% e B3 (B3SA3) com -2,61%.

Análise do Mercado e Fatores de Influência

José Áureo Viana Júnior, sócio da Blue3 Investimentos, apontou que as ações da Petrobras recuaram mesmo após a liberação da licença do Ibama para a Margem Equatorial. O corte anunciado no preço da gasolina pela estatal e a queda nos preços internacionais do petróleo pressionam as margens de Lucro do setor de energia. A cautela em relação à Vale também se deve à expectativa da divulgação de seus números operacionais, apesar da alta do minério de ferro na China.

Gráfico da Petrobras indicando possível recuperação em meio a volatilidade do setor.
Análise do setor de energia e suas flutuações no mercado.

Em contrapartida, papéis do setor varejista têm mostrado recuperação, impulsionados pela expectativa de melhora no consumo doméstico. A possível redução no preço dos combustíveis e as projeções de inflação mais baixas favorecem esse cenário. O especialista destacou o desempenho de nomes como Natura (NTCO3 +0,82%), Lojas Renner (LREN3 +2,31%) e Magazine Luiza (MGLU3 +0,24%), que apresentaram ganhos.

Cenário Externo e Dólar

Gustavo Trotta, especialista da Valor Investimentos, comentou sobre o otimismo global gerado pela possibilidade de um acordo comercial entre EUA e China, apesar das tensões persistentes no Oriente Médio. Há também rumores sobre uma possível reunião entre Trump e Putin.

Matheus Spiess, analista da Empiricus Research, observou uma distensão no cenário externo, mas ressaltou incertezas no quadro comercial. Ele explicou que ações de Vale e bancos, que haviam subido no dia anterior, passaram por um ajuste. Apesar da queda dos contratos de DI, o dólar apresentou alta, impactando o apetite por ações. Ao final do dia, a moeda americana subiu 0,37%, cotada a R$ 5,3906.

Gráfico do Ibovespa mostrando volatilidade e acomodação em 144 mil pontos.
Volatilidade do mercado e seus reflexos no Ibovespa.

Fonte: InfoMoney

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