O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, avaliou que a taxa de juros atual, em 15% ao ano, encontra-se em um patamar ‘muito restritivo’ para as condições econômicas vigentes no Brasil. Haddad, contudo, fez questão de frisar que essa é uma opinião pessoal e não deve ser interpretada como um desrespeito à autonomia do Banco Central (BC).
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Avaliação Pessoal sobre a Taxa de Juros
“Se eu tivesse lá no Banco Central, eu ia ter essa opinião de que taxa de juros está restritiva demais para condições atuais”, declarou Haddad em entrevista à GloboNews. Ele ponderou a complexidade do início da gestão de Gabriel Galípolo na presidência do BC, mencionando os desafios regulatórios herdados pela nova Diretoria.
Banco Central Brasileiro sob Análise Internacional
O ministro citou que o próprio Fundo Monetário Internacional (FMI) reconheceu o Banco Central do Brasil como um dos mais ‘hawkish’ (mais agressivos na política monetária) do mundo. “Você já está com inflação que está beirando a banda superior do regime de metas e está com mais de 10% de juro real. É duro mesmo, não é pouco o que está sendo feito”, comentou, em alusão à política monetária atual.
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Pressão por Redução da Selic
A declaração de Haddad ecoa um posicionamento similar expresso pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no dia anterior. Lula afirmou que o Banco Central ‘precisa começar’ a reduzir a taxa de juros. “O Banco Central vai precisar começar a baixar os juros porque todo mundo sabe o que nós herdamos, e todo mundo sabe que estamos preparando este país para ter uma política monetária mais certa”, disse o presidente. Haddad complementou, ressaltando que a inflação tem demonstrado um comportamento positivo, com projeções de Mercado indicando uma taxa inferior a 4% em 2027. “Já está contratada queda da inflação”, assegurou.
Fonte: Valor Econômico