Haddad: Juros altos prejudicam economia; mercado torce contra Brasil

Fernando Haddad defende juros mais baixos e critica mercado financeiro por torcer contra o Brasil. Entenda os impactos e a agenda verde do governo.
Haddad juros mercado financeiro — foto ilustrativa Haddad juros mercado financeiro — foto ilustrativa
FILE PHOTO: Brazil's Finance Minister Fernando Haddad attends a meeting of the Committee on Agriculture, Livestock, Supply and Rural Development of the Chamber of Deputies in Brasilia, Brazil September 24, 2025. REUTERS/Adriano Machado/File Photo

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que, se estivesse na presidência do Banco Central, votaria pela redução da taxa de juros. Segundo ele, a manutenção dos juros em patamares elevados, como os atuais 13,75% ao ano, é insustentável diante de uma inflação projetada em 4,5%.

“Eles vão ter que cair. Por mais pressão que os bancos façam sobre o Banco Central para não baixar juros, elas vão ter que cair. Não tem como sustentar 15% de juros reais com a inflação batendo 4,5%”, declarou Haddad durante um evento em São Paulo. Ele ressaltou a necessidade de bom senso, comparando a situação a uma dose de remédio que, em excesso, se torna veneno.

Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em evento sobre investimentos.
Fernando Haddad defende a queda dos juros e critica setor do mercado financeiro.

Mercado Financeiro Sob Críticas

Haddad também direcionou Críticas a um setor do mercado financeiro, acusando-o de torcer contra o desempenho do governo e, com isso, perder dinheiro. “O que eu vejo gente torcendo contra esse país é impressionante no mercado financeiro”, disse o ministro. Ele argumentou que essas apostas equivocadas, como a desvalorização do dólar, resultam em perdas financeiras para esses agentes, que acabam culpando o governo.

“O cara perdeu uma montanha de dinheiro, e culpa o Governo“, lamentou. “É uma coisa realmente que precisa ser estudada. O cara perdeu dinheiro porque ele apostou errado. É só isso que aconteceu. Ele tem que se conformar com o que ele perdeu e torcer para dar certo.”

Agenda Verde e Transição Energética

A declaração de Haddad ocorreu em meio a discussões sobre economia verde e transição energética, temas relevantes às vésperas da COP 30. O ministro destacou a posição privilegiada do Brasil neste cenário, impulsionada pela matriz energética majoritariamente limpa, baseada em hidroeletricidade.

“As vantagens competitivas do Brasil são aderentes à agenda climática”, afirmou. Ele também mencionou o potencial do álcool de cana-de-açúcar como um trunfo na transformação econômica global necessária para conter as emissões de gases de efeito estufa. “A gente vai abdicar de uma agenda em que o Brasil tem de 30 a 40 anos de tradição em biocombustível? Ele é só melhor do ponto de vista tecnológico, e tem uma série de vantagens.”

O governo aposta na criação do Fundo Florestas Tropicais Para Sempre (TFFF), com a participação de outros 11 países, como uma estratégia para impulsionar políticas de preservação ambiental.

Sede do Ministério da Fazenda em Brasília.
O Ministério da Fazenda busca alinhar a política econômica com a agenda ambiental.

Fonte: InfoMoney

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