O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comparou a reserva de 50% das vagas em universidades públicas para estudantes de escolas públicas a uma “reforma agrária” no ensino superior. A declaração foi feita durante um encontro do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com alunos da Rede Nacional de Cursinhos Populares (CPOP), em São Bernardo do Campo (SP).
Haddad destacou o programa de expansão de vagas nas universidades públicas, implementado entre 2007 e 2010, durante os primeiros mandatos de Lula. Ele ressaltou a importância das políticas de cotas sociais e raciais.
“A primeira coisa foi reservar 50% das vagas para alunos de escola pública. Isso foi um passo, isso equivale a fazer uma reforma agrária inteira no ensino superior brasileiro. É você dividir com Justiça”, afirmou o ministro, explicando que o aumento no número de vagas impedia que alunos de escolas particulares fossem prejudicados.
O ministro da Fazenda relembrou outras políticas sociais da década em que atuou como Ministro da Educação, alertando que “o povo que não conhece a história corre o risco de tomar o atalho errado”. Ele defendeu a valorização das “conquistas”, citando como exemplos o Programa Universidade para Todos (Prouni) e as políticas voltadas para universidades públicas.
Apoio a Cursinhos Populares
O evento contou com a presença dos ministros Camilo Santana (Educação), Luiz Marinho (Trabalho) e Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário). A CPOP, criada pelo Ministério da Educação, visa fornecer apoio financeiro a cursinhos pré-vestibulares populares e comunitários, com foco no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
Foi anunciado um investimento de R$ 108 milhões do governo em um edital para apoiar até 500 cursinhos em 2026. Esta iniciativa visa democratizar o Acesso ao ensino superior.
Fonte: InfoMoney