Haddad pede apoio de Cláudio Castro para projeto contra devedores contumazes

Fernando Haddad pede ao governador Cláudio Castro apoio para projeto de lei contra devedor contumaz, essencial no combate ao crime organizado no Rio de Janeiro.
devedor contumaz — foto ilustrativa devedor contumaz — foto ilustrativa

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, solicitou nesta sexta-feira (31) o engajamento do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, no apoio ao projeto de lei que trata do devedor contumaz. A medida é vista como crucial pelo governo federal para o combate ao crime organizado, especialmente no estado Fluminense.

A declaração surge após o Partido Liberal (PL), sigla de Castro, rejeitar na véspera o requerimento de urgência para a tramitação da matéria na Câmara dos Deputados. Apesar da oposição, a urgência foi aprovada, permitindo que a proposta seja levada diretamente a votação em plenário.

Haddad liga projeto de lei ao combate ao crime organizado

Haddad enfatizou a importância do projeto para a segurança pública, argumentando que o governador Castro deveria usar sua influência para convencer o PL a apoiar a iniciativa. “Uma parte grande dos devedores contumazes está envolvida com o crime organizado do Rio de Janeiro. Então, nós pedimos o apoio dele”, declarou o ministro da Fazenda em entrevista em São Paulo.

O ministro expressou preocupação com a oposição do PL, um partido que tem a segurança pública como uma de suas principais bandeiras, e ressaltou que o projeto esteve “adormecido” durante os quatro anos do Governo anterior. “Nós precisamos dessa lei, e o Estado do Rio, em particular, precisa dessa lei”, acrescentou.

O projeto de lei sobre o devedor contumaz já foi aprovado pelo Senado Federal.

Governo do Rio informado sobre ações da Receita Federal

Em outro ponto, Haddad afirmou que o governo do Rio de Janeiro foi notificado sobre as ações da Receita Federal direcionadas ao combate ao crime organizado no setor de combustíveis. Segundo o ministro, a procuradora-geral da Fazenda Nacional, Anelize Lenzi, levou as informações ao estado.

A comunicação ocorreu após uma disputa de liminares envolvendo a refinaria de Manguinhos (Refit), suspeita de irregularidades financeiras e ligações com facções criminosas, o que a empresa contesta. “Parece que o governo do Rio não estava informado adequadamente, a julgar pelas ações, pelas medidas que tomaram, e que foram contrariadas pelo Supremo Tribunal Federal e pelo Superior Tribunal de Justiça esta semana”, disse Haddad.

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou a manutenção do fechamento da refinaria, suspendendo uma liminar do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) que autorizava a retomada das atividades.

Imagem ilustrativa: Ministro da Fazenda Fernando Haddad discursando.
Fernando Haddad, Ministro da Fazenda.

Financiamento do crime organizado e lavagem de dinheiro

Haddad destacou que os combustíveis são uma das principais fontes de financiamento do crime organizado no Rio de Janeiro. Ele também observou que, frequentemente, a origem do dinheiro do crime é disfarçada através de atividades lícitas, em um processo de lavagem de dinheiro.

O ministro reiterou a necessidade de sufocar o financiamento do crime organizado para que as ações de combate sejam bem-sucedidas. A colaboração entre os governos federal e estadual é vista como essencial para o sucesso dessas operações.

Fonte: Estadão

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