O Grupo Pão de Açúcar (GPA) anunciou um plano de corte de Custos, despesas e investimentos para 2026, com a previsão de redução do investimento para algo entre R$ 300 milhões e R$ 350 milhões. A medida visa otimizar a estrutura da companhia, considerada “inchada” por Rafael Russowski, presidente interino e diretor financeiro do GPA.
![](<figure><img src="https://f.i.uol.com.br/fotografia/2021/04/13/16183215556075a09364928_1618321555_3x2_md.jpg" alt=""><figcaption></figcaption></figure>)
As demissões já começaram a ocorrer. Na sede do GPA, cerca de 700 cargos foram cortados no terceiro trimestre, como parte de um processo de simplificação administrativa. Além da redução de pessoal, a empresa está focada em otimizar custos em comunicação, Publicidade, contratos de serviços gerais (facilities) e despesas com tecnologia.
Cortes de Custos e Otimização Operacional
O plano estratégico estabelece uma redução de pelo menos R$ 415 milhões nas despesas operacionais em comparação com as estimativas para o final de 2025. No acumulado de 12 meses até 30 de setembro, o investimento da empresa atingiu R$ 693 milhões. Russowski detalhou que os cortes serão divididos em três blocos principais: demissões, redução de consumo e otimização do escopo de atuação.
O executivo reafirmou a intenção de vender ativos considerados não estratégicos. A totalidade dos recursos obtidos com essas vendas será destinada à amortização da dívida bruta da companhia. Espera-se a conclusão de uma venda “significativa” em um “prazo razoavelmente curto”, embora detalhes específicos não tenham sido divulgados.
Resultados do Terceiro Trimestre
O GPA divulgou um Lucro líquido de R$ 137 milhões no terceiro trimestre, revertendo o prejuízo de R$ 310 milhões registrado no mesmo período de 2024. Essa recuperação financeira pode ser um indicativo do impacto positivo das primeiras medidas de reestruturação. As ações da empresa apresentaram alta de 1,32% após o anúncio, enquanto o Ibovespa registrava um ganho de 0,3%.
Perspectivas e Estratégias Futuras
Os cortes de custos e a venda de ativos não estratégicos são movimentos cruciais para a saúde financeira do GPA em um cenário competitivo. A gestão busca não apenas reduzir despesas, mas também fortalecer seu balanço patrimonial através da quitação de dívidas. A continuidade dessas ações em 2026 indica um compromisso de longo prazo com a eficiência operacional e a sustentabilidade financeira da rede de supermercados.
Fonte: Folha de S.Paulo
