Governo prorroga prazo para negociação de ativos estaduais no Propag

Governo prorroga prazo para negociação de ativos estaduais no Propag até 31 de dezembro de 2026, visando facilitar acordos financeiros.
negociação de ativos estaduais — foto ilustrativa negociação de ativos estaduais — foto ilustrativa

O governo federal, por meio de um decreto publicado nesta terça-feira (7), estendeu o prazo para a conclusão das negociações de incorporação de ativos Estaduais pela União. Esta medida ocorre no âmbito do Propag (Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados), buscando facilitar a regularização financeira dos entes federativos.

A nova data estabelecida para a finalização dos acordos de incorporação de ativos estaduais, que podem incluir empresas estatais, é 31 de dezembro de 2026. Tanto os estados quanto a União terão este período para consolidar as negociações e formalizar os repasses.

Facilitação na Adesão ao Programa

O decreto recém-publicado permite que os estados enviem seus pedidos de adesão ao Propag mesmo antes da aprovação formal das leis estaduais que autorizam a transferência desses ativos. Contudo, para a consolidação final dos acordos, a aprovação legislativa em âmbito estadual continuará sendo um requisito indispensável.

Até o momento, conforme noticiado anteriormente, apenas o estado de Goiás conseguiu aderir formalmente ao Propag, regulamentado em abril deste ano. A baixa adesão inicial motivou a extensão do prazo.

Estados com Interesse e Desafios

Diversos outros estados demonstram interesse em aderir ao programa, incluindo o Rio de Janeiro, o Rio Grande do Sul e Minas Gerais, que figuram entre os mais endividados do país. No entanto, a Falta de clareza em aspectos técnicos e as complexidades políticas têm dificultado o avanço das negociações.

A apreciação de vetos à lei do Propag, sancionada em janeiro, é um ponto de atenção especial para estados como Rio de Janeiro e São Paulo. Estes governos buscam a reversão de pontos barrados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para maximizar os benefícios financeiros que podem ser obtidos através do programa.

Benefícios Financeiros do Propag

O Propag introduz duas mudanças cruciais nos encargos da dívida dos estados com a União. A primeira é a possibilidade de reduzir os juros reais anuais, passando de 4% para 0%, mediante a entrega de ativos ou o compromisso com investimentos em áreas estratégicas. Essa redução pode aliviar significativamente o fluxo de pagamento dos estados.

A segunda alteração significativa diz respeito à simplificação do coeficiente de atualização monetária da dívida. Atualmente, uma fórmula complexa resulta em uma correção próxima a 6,5% ao ano, acima da inflação. O novo texto propõe a Substituição dessa variável pelo IPCA, que tem projeção de 4,83% para 2025, de acordo com o Boletim Focus do Banco Central. Essa mudança visa a uma correção mais alinhada à realidade inflacionária.

Prédio do Ministério da Fazenda em Brasília, relacionado à negociação de dívidas estaduais.
Ministério da Fazenda em Brasília: centro das negociações para o Propag.

Fonte: Folha de S.Paulo

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