O ministro do Turismo, Celso Sabino, decidiu permanecer no governo de Luiz Inácio Lula da Silva, mesmo diante do risco de expulsão do União Brasil. Sabino avalia que a crescente popularidade do presidente Lula facilita a adesão de aliados, incluindo setores do Centrão, para as eleições de 2026. Ele compara o cenário político atual a uma ‘noiva bonita’ que atrai a atenção de todos.
A decisão de Sabino ocorre após o União Brasil anunciar o rompimento com o Palácio do Planalto. O ministro defende que a gestão de um ministério envolve projetos em andamento e não pode ser comparada à administração de uma ‘quitanda’. Ele se diz pré-candidato ao Senado pelo Pará e enfatiza a importância de permanecer no projeto de Lula neste momento crucial.
Popularidade de Lula Impulsiona Alianças Políticas
Segundo Celso Sabino, a retomada da popularidade do presidente Lula é um trunfo para atrair novos aliados. Ele destaca o bom momento do turismo no Brasil, com um número Recorde de brasileiros viajando pelo país e um aumento significativo no fluxo de turistas estrangeiros, projetando superar 10 milhões até o final do ano.
Sabino minimiza as preocupações sobre a infraestrutura e hospedagem para a COP-30 em Belém, afirmando que as obras estão em fase final e que a cidade está se transformando. Ele ressalta que a região amazônica é propícia para o ecoturismo sustentável e que mais de cem delegações já confirmaram presença.
Desafios Partidários e Cenário Eleitoral para 2026
O ministro enfrenta um processo no Conselho de Ética do União Brasil por descumprir o ultimato do partido. Ele argumenta que não seria coerente aplicar a pena mais gravosa, como a exclusão, a alguém que nunca infringiu normas partidárias. Sabino, um dos fundadores do União Brasil no Pará, afirma que não está buscando um novo partido neste momento, mas que diversas legendas o procuraram.
Sobre declarações de correligionários como Ronaldo Caiado, que o chamou de traidor, Sabino ironiza a baixa performance do governador em pesquisas e sugere que ele pode não permanecer no União Brasil. Ele também minimiza a possível candidatura de Tarcísio de Freitas (Republicanos) à presidência, afirmando que não ouve falar de seu nome.
Estratégias do Governo para Manter a Governança
Celso Sabino defende que a decisão do União Brasil de romper com o Governo foi precipitada, especialmente a um ano do período eleitoral. Ele acredita que a composição de chapa com o presidente Lula seria a decisão mais acertada para o partido.
O ministro comenta as demissões de apadrinhados por deputados que votaram contra medidas importantes do governo, como a MP do IOF. Ele vê a medida como um ‘freio de arrumação’ para identificar aliados e abrir espaço para quem deseja compor com o governo. Sabino reforça que o governo Lula, com sua crescente popularidade e entregas em diversas áreas, como geração de emprego e combate à fome, é um projeto atraente e com bons resultados.
Fonte: Estadão