A Polícia Civil do Rio de Janeiro desarticulou uma organização criminosa especializada no golpe da falsa central de banco, prendendo quatro integrantes em uma mansão de luxo na Barra da Tijuca. O bando, que atuava há três anos, causou prejuízos a mais de duzentas vítimas em todo o país, faturando cerca de R$ 25 milhões.
A fraude consistia em criminosos se passando por funcionários de instituições financeiras, induzindo as vítimas a acreditarem em supostas fraudes em suas contas. Sob esse pretexto, solicitavam senhas, a instalação de aplicativos de Acesso remoto ou a realização de transferências para contas controladas pelo grupo.
A organização utilizava empresas de fachada para ocultar a origem ilícita dos valores, que eram investidos na compra de veículos, imóveis e artigos de luxo. A Justiça determinou bloqueios judiciais de até R$ 14 milhões, além da indisponibilidade de imóveis e o sequestro de veículos e bens de alto valor, como joias e roupas de grife.
Início das Investigações e Operação
As investigações tiveram início em julho de 2024, após uma vítima em Florianópolis registrar um prejuízo de aproximadamente R$ 100 mil. As diligências levaram à identificação dos responsáveis pelo golpe, todos residentes em São Paulo.
Foram expedidos 11 mandados de prisão temporária e 20 de busca e apreensão. Em 14 de maio, a Polícia Civil de Santa Catarina, em colaboração com a de São Paulo, deflagrou a Operação Central Fantasma, cumprindo mandados em São Paulo, Guarulhos e Bertioga, resultando na prisão de quatro criminosos. Foram apreendidos celulares, cerca de R$ 80 mil em espécie e um veículo Honda HRV.
A ação no Rio de Janeiro, realizada em 16 de maio, foi resultado da cooperação entre as polícias civis fluminense e catarinense, que identificaram a possível localização da liderança da quadrilha no estado. Os investigados responderão por fraude eletrônica, associação criminosa e lavagem de dinheiro, crimes previstos na Lei nº 9.613/98.
Fonte: InfoMoney