O Goldman Sachs anunciou a saída de Lotfi Karoui, seu estrategista-chefe de crédito, após uma jornada de 18 anos na renomada instituição financeira. Karoui, que também liderava a pesquisa em crédito, hipotecas e produtos estruturados, assumiu a posição de estrategista-chefe de crédito em 2017 e figurava entre os 95 executivos promovidos a sócio em novembro passado.
A notícia surge em um momento de mudanças significativas na Liderança de estratégicas do banco. Recentemente, foi anunciado que David Kostin, estrategista-chefe de ações nos EUA do Goldman Sachs, planeja se aposentar até o final do ano, conforme reportado pela Bloomberg.
Trajetória de Karoui no Goldman Sachs
Lotfi Karoui juntou-se ao Goldman Sachs em 2007, inicialmente como associado na área de pesquisa de estratégia de crédito. Sua ascensão dentro da empresa foi marcada pela promoção a diretor-gerente em 2015, consolidando sua expertise no setor.
Um porta-voz do Goldman Sachs confirmou a saída de Karoui, mas optou por não fornecer comentários adicionais sobre o assunto. Tentativas de contato com Karoui para obter sua perspectiva sobre a decisão não foram respondidas.
Formação Acadêmica e Liderança Externa
Antes de sua carreira no Goldman Sachs, Karoui dedicou-se ao ensino, ministrando cursos de graduação e pós-graduação em Finanças e pesquisa operacional na Universidade McGill e na HEC Montreal. Foi nessas instituições que obteve seu doutorado em economia financeira e seu mestrado em engenharia financeira, respectivamente. Karoui também é presidente da Associação de Banqueiros Árabes da América do Norte (Abana), organização que visa fortalecer os laços entre os profissionais do setor bancário árabe e norte-americano. Ele nasceu e foi criado na Tunísia.
Análise Recente de Karoui sobre Títulos Europeus
Em uma de suas últimas análises publicadas, Karoui rebaixou a recomendação para títulos europeus com grau de investimento, de neutra para abaixo da média do mercado. Ele apontou o risco fiscal soberano, especialmente na França, como um fator de preocupação crescente para o setor bancário europeu. Essa perspectiva sugere uma cautela com a dívida pública dos países e seu potencial impacto na estabilidade financeira.
Fonte: Valor Econômico