Globoplay: 10 anos com Oscar e planos ambiciosos para o futuro

O Globoplay, serviço de Streaming do Grupo Globo, celebra uma década de operação em novembro com um balanço positivo e metas claras para o futuro. A plataforma, que já alcançou 30 milhões de usuários ativos mensais, busca expandir seu alcance, diversificar seu público e investir em produções regionais.

Manuel Belmar, diretor de Produtos Digitais e Financeiros da Globo, destacou a importância deste marco, especialmente após a conquista do primeiro Oscar do Brasil para uma produção co-produzida pelo Globoplay. “É um marco muito especial, em um momento em que grande parte das nossas métricas de sucesso continua avançando”, afirmou.

Julia Rueff, diretora-executiva do Globoplay, ressaltou que a plataforma se consolidou como um dos principais serviços de streaming do país. Segundo dados da Kantar Media, o Globoplay lidera em engajamento, com 30 milhões de usuários ativos por mês. “Temos uma proposta de valor única: o melhor do ‘ao vivo’ com o melhor do ‘on demand'”, declarou Rueff, referindo-se à combinação de conteúdos ao vivo e sob demanda.

A plataforma registrou um crescimento de 42% em base de assinantes em 2024 e mantém um ritmo de expansão de 30% neste ano, com mais de 4 bilhões de horas de conteúdo consumidas. Conteúdos ao vivo, como esportes e entretenimento, representam 67% das horas assistidas, reforçando um diferencial competitivo.

Manuel Belmar enfatizou o papel do Globoplay no desenvolvimento do audiovisual nacional. “Desde o início, o Globoplay nasceu com esse DNA de conexão entre Marcas e conteúdos. Quando o mercado entendeu o potencial de combinar o gratuito com o modelo por assinatura, nós já estávamos lá”, disse. O desafio, segundo ele, é antecipar as tendências de consumo e inovar constantemente para competir em escala global.

Estratégia de Conteúdo e Expansão

Tatiana Costa, responsável pela curadoria de conteúdo, detalhou os planos para ampliar o alcance da plataforma. “Queremos falar com o público jovem, expandir para além do eixo Rio-São Paulo e atrair mais homens para a plataforma. Hoje, 65% do nosso público é composto por mulheres acima de 35 anos”, explicou.

Para 2026, o Globoplay projeta um crescimento de 68% em produções originais. Entre os lançamentos anunciados estão a série “Paranoia”, voltada ao público jovem, a novela original “Globorama” de Walcyr Carrasco, a adaptação de “Uma Mulher no Escuro” de Raphael Montes, e a marca de 100 documentários originais.

O sucesso do filme “Ainda Estou Aqui”, dirigido por Walter Salles, que conquistou o primeiro Oscar do Brasil para uma produção original da plataforma, também foi celebrado. O longa-metragem atraiu 4 milhões de espectadores aos cinemas e se tornou o filme mais consumido no Globoplay. “A gente tem um orgulho muito grande de colocar a nossa assinatura nele”, comentou Belmar.

Crescimento em Receita Publicitária e Perspectivas Financeiras

Julia Rueff destacou o desempenho comercial, com alta de 86% na receita publicitária em 2024. “Se somos relevantes para o consumidor, também somos relevantes para a publicidade. Temos uma combinação de receptividade, impulsionamento e lembrança de marca, com crescimento de dois dígitos ano após ano”, afirmou.

A plataforma caminha para o equilíbrio financeiro, com projeção de fechar “pela primeira vez no azul” em abril e manter uma trajetória positiva para o próximo ano. Atualmente, o Globoplay ocupa a segunda posição em audiência no Brasil, segundo a Kantar Media.

Em 2026, o foco será em formatos inovadores, como microdramas, e em parcerias estratégicas, aproveitando a integração das diferentes janelas da Globo. “Temos a força da TV aberta, da TV por assinatura e do streaming. Essa combinação é muito poderosa”, concluiu Manuel Belmar.

Fonte: G1