Fundo Florestal Brasileiro Alcança US$ 6 Bilhões e Busca US$ 25 Bi

Fundo Florestas Tropicais para Sempre, liderado pelo Brasil, já capta US$ 6 bilhões e busca US$ 25 bilhões para conservação. Saiba mais sobre a iniciativa na COP 30.
Fundo Florestas Tropicais para Sempre — foto ilustrativa Fundo Florestas Tropicais para Sempre — foto ilustrativa

O Brasil lança o fundo Florestas Tropicais para Sempre, com aportes iniciais de cerca de US$ 6 bilhões. A meta ambiciosa estabelecida pela ministra Marina Silva é de alcançar US$ 25 bilhões, fortalecendo a conservação de florestas em todo o mundo. O fundo já está em operação, antecipando a COP 30.

Em entrevista em Belém (PA), Marina Silva detalhou a colaboração entre o Ministério do Meio Ambiente, o Ministério da Fazenda e o Banco Mundial na concepção do fundo. Ele opera não como doação, mas como um investimento retornável para países e investidores privados. Para as nações detentoras de florestas, os recursos funcionam como um “pagamento pelos serviços ecossistêmicos prestados”, não necessitando de devolução.

Arquitetura Financeira Inovadora para Conservação

O mecanismo foi projetado para atrair capital privado em larga escala, utilizando recursos públicos como alavanca. Para cada dólar investido por fundos soberanos, o fundo busca alavancar pelo menos quatro dólares para recompensar a proteção de florestas. Essa abordagem atende a uma demanda histórica dos países desenvolvidos por soluções financeiras inovadoras na área ambiental.

Marina Silva ministra do Meio Ambiente em evento da COP 30
Ministra Marina Silva em evento da COP 30.

Adesão Global e Parcerias Estratégicas

Cerca de 50 países, que detêm mais de 90% das florestas tropicais globais, já aderiram à iniciativa. A ministra Marina Silva destacou a colaboração do Reino Unido desde o início na arquitetura do fundo, e mencionou que o governo britânico está em processo de Renovação orçamentária. Sobre a China, afirmou que, apesar de sua dinâmica particular, o país sempre sinalizou apoio à iniciativa brasileira e à necessidade de o Sul Global desenvolver seus próprios instrumentos financeiros.

Recentemente, o Brasil anunciou o menor desmatamento em 11 anos na Amazônia e em 5 anos no Cerrado, com quedas de 11% em ambos os biomas em 2025. No entanto, pesquisadores alertam para o aumento da degradação florestal causada por incêndios, que já representa 38% do desmatamento total desde 2022.

Debate sobre Combustíveis Fósseis na COP 30

A ministra Marina Silva também comentou o debate sobre o fim dos combustíveis fósseis na COP 30. Ela ressaltou que o presidente Lula deseja ir além da declaração da COP 28, que apenas manifestou a intenção de uma “transição para o fim do uso de combustível fóssil”. Para Marina, essa decisão precisa de indicadores de esforços e um “mapa do caminho” com padrões globais para que a transição ocorra efetivamente.

Abertura Política da Conferência do Clima

A Cúpula de Líderes da COP 30 iniciou com a tradicional “foto de família”, reunindo mais de 40 chefes de Estado e de Governo. O evento marcou a abertura política da Conferência do Clima da ONU. A Noruega anunciou o maior aporte ao Fundo Florestas Tropicais para Sempre, com cerca de US$ 3 bilhões, elevando o total prometido para US$ 5,5 bilhões. A iniciativa visa remunerar países pela conservação de suas florestas tropicais.

A estratégia da presidência da COP 30 foi antecipar o encontro dos líderes para liberar os negociadores e otimizar o tempo dedicado às complexas decisões climáticas, seguindo um modelo diferente das COPs anteriores em Glasgow e Dubai.

Fonte: G1

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