O Partido Progressista (PP) comunicou nesta quarta-feira (8) o afastamento do ministro do Esporte, André Fufuca, de decisões partidárias, incluindo a vice-presidência nacional e a presidência da sigla no Maranhão. A Punição surge como consequência da resistência de Fufuca em deixar o ministério, contrariando a determinação do partido de desembarcar do governo Lula.

Em Nota Oficial, o presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira (PI), reiterou o posicionamento da legenda: “O partido reitera o posicionamento de que não faz e não fará parte do atual Governo, com o qual não nutre qualquer identificação ideológica ou programática.”

Contexto Político e Ambições Eleitorais
A pasta do esporte oferece ao ministro visibilidade e recursos financeiros, elementos cruciais para sua pré-campanha a uma vaga no Senado no próximo ano. Contudo, sem o comando do partido, a garantia de sua candidatura à casa alta fica comprometida. O afastamento sinaliza uma tensão interna significativa dentro do PP.
Apoio Declarado a Lula
Na última segunda-feira (7), Fufuca participou de um ato ao lado do presidente Lula no Maranhão, onde declarou apoio ao petista para as eleições de 2026. “Em 2022, eu cometi um erro. Mas agora em 2026, pode ser que o meu corpo esteja amarrado, mas a minha alma, o meu coração e minha força de vontade estarão livres para brigar e para ajudar Luiz Inácio Lula da Silva”, afirmou o ministro durante o evento em Imperatriz (MA).
Fufuca, que é deputado federal pelo Maranhão, acompanhou Lula na cerimônia de entrega de 2.837 unidades habitacionais do programa Minha Casa, Minha Vida. A presença e as declarações públicas reforçam seu alinhamento com o governo federal.
Reação de Fufuca
Após a decisão do PP, Fufuca se manifestou através de suas redes sociais, defendendo sua atuação: “O meu trabalho e a minha atuação estão, inequivocamente, acima de quaisquer questões e disputas partidárias internas”. Ele ressaltou que a pauta do desenvolvimento social e econômico do Maranhão e do Brasil está acima de divergências, e que seu foco permanece na entrega de políticas públicas eficazes. “O trabalho não para”, concluiu.
Fonte: Folha de S.Paulo