Fed: Calmaria em títulos permite cortes de juros mais agressivos

Diretor do Fed, Stephen Miran, afirma que calmaria no mercado de títulos permite cortes de juros mais agressivos nos EUA. Entenda.
cortes de juros mais agressivos — foto ilustrativa cortes de juros mais agressivos — foto ilustrativa
FILE PHOTO: Newly appointed Federal Reserve Governor Stephen Miran speaks at The Economic Club of New York in New York City, U.S., September 22, 2025. REUTERS/Shannon Stapleton/File Photo

A atual estabilidade no mercado de títulos, com taxas de juros de longo prazo em níveis mais baixos, sinaliza que o Federal Reserve (Fed) pode promover cortes mais agressivos nas taxas básicas de juros. A avaliação é de Stephen Miran, diretor do banco central americano.

Miran destacou que o comportamento do mercado de títulos no ano passado corroborou sua visão de que as taxas deveriam estar mais altas, e o desempenho atual reforça seu argumento em favor de uma rápida flexibilização monetária. Ele fez essas declarações durante um evento promovido pela Managed Funds Association em Nova York.

Contexto para Cortes de Juros

O diretor do Fed reiterou que a expectativa de moderação na inflação, somada a mudanças no cenário econômico subjacente, justifica a adoção de cortes mais acentuados nas taxas. Para Miran, a ausência de reações significativas do mercado de títulos à última decisão de flexibilização do Fed é um indicativo de que tal movimento é bem-vindo e apoia uma redução mais veloz dos juros.

Confiança nos Dados Econômicos

Em meio a debates políticos sobre o orçamento governamental que levaram a uma paralisação parcial das atividades, Miran ressaltou a importância dos dados econômicos oficiais dos EUA, ainda considerados o “padrão ouro”. No entanto, ele admitiu uma “deterioração na qualidade nos últimos anos”, atribuída em parte à redução nas taxas de resposta das pesquisas.

“As pessoas precisam acreditar que os dados refletem o verdadeiro estado da economia e não (…) são adulterados para atingir um determinado resultado político”, observou Miran. Ele comentou a situação em um momento em que o ex-presidente Donald Trump buscou nomear um aliado para o Bureau of Labor Statistics, após a demissão da chefe anterior em agosto, em meio a um relatório de empregos considerado fraco, gerando questionamentos sobre a confiabilidade dos indicadores.

Stephen Miran, diretor do Fed, em evento em Nova York falando sobre dados econômicos e taxas de juros.
Stephen Miran, diretor do Fed, defende cortes agressivos nas taxas de juros.

Liderança e Responsabilidade

Abordando as preocupações com a qualidade dos dados, Miran enfatizou a necessidade de “responsabilidade democrática” para garantir que a Liderança nos órgãos governamentais esteja “melhorando as coisas ao longo do tempo”. Contudo, ele ressalvou que esta “não é realmente uma questão do Federal Reserve”, diferenciando as esferas de atuação do banco central e do governo executivo.

A análise de Miran sugere que a estabilidade observada nos mercados financeiros pode dar ao Fed margem para implementar uma política monetária mais ativa, buscando estimular a economia através de cortes de juros mais substanciais, desde que a inflação continue sob controle.

Fonte: InfoMoney

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