Febraban: Bancos Repudiam Dinheiro do Crime e Reforçam Segurança

Isaac Sidney, da Febraban, afirma que bancos sérios não querem dinheiro do crime e buscam fortalecer a segurança contra ilegalidades financeiras.
dinheiro do crime — foto ilustrativa dinheiro do crime — foto ilustrativa

O presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Isaac Sidney, declarou enfaticamente que as instituições financeiras não buscam nem necessitam de recursos oriundos de atividades ilícitas. Em sua fala, Sidney instou os elos considerados mais vulneráveis do sistema bancário a aprimorarem suas defesas contra ilegalidades no setor.

“Os bancos brasileiros sérios do País – e asseguro que não são poucos os bancos que agem com seriedade – renovam o compromisso de, sem qualquer hesitação, continuarem na linha de frente da defesa da integridade do sistema financeiro nacional”, afirmou durante o 15º Congresso de Prevenção à Lavagem de Dinheiro e ao Financiamento do Terrorismo (PLDFT), em São Paulo. “Os bancos não querem e não precisam do dinheiro do crime”, reforçou.

Intolerância e Defesa do Sistema Financeiro

Sidney defendeu uma postura de “intolerância” por parte da indústria financeira diante de quaisquer falhas de segurança que possam permitir a entrada de atividades criminosas. Ele destacou que os bancos se posicionam como o “principal escudo” contra manipulações financeiras ilegais.

Para o líder da Febraban, as instituições que transigem ou se mostram omissas em relação ao crime financeiro devem ser alvo de sanções por parte de órgãos como o Banco Central, o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) e demais esferas do poder público. Ele observou que esses órgãos estão intensificando a repressão a ilícitos financeiros, e garantiu que “os bancos estão do lado dos reguladores”.

Operação Carbono Oculto e Fintechs sob Investigação

Um levantamento recente, detalhado pelo Estadão com base em documentos de oito operações conduzidas pela Polícia Federal e pelo Ministério Público de São Paulo, revelou que, em um período de um ano (entre agosto de 2024 e agosto de 2025), a PF e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) investigaram sete instituições de pagamento. Essas empresas movimentaram impressionantes R$ 94 bilhões, com uma parcela significativa desses recursos associada a operações atípicas ou com suspeitas de ligação com o crime organizado.

Em agosto, fintechs localizadas na Avenida Faria Lima, um dos principais polos financeiros do país, foram alvo da Operação Carbono Oculto. Considerada a maior ação já realizada contra a infiltração do crime organizado na economia formal brasileira, a operação também atingiu o setor de combustíveis.

Fonte: Estadão

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