Estados Unidos e Japão selaram um acordo para extrair terras raras em águas do Oceano Pacífico, buscando diminuir a dependência da China nesse setor estratégico.
Cooperação para Mineração de Terras Raras
O Japão iniciará em janeiro testes de demonstração para recuperar lama rica em terras raras a uma profundidade de 6.000 metros, próximo à ilha de Minamitorishima. A informação foi divulgada pela Primeira-Ministra Sanae Takaichi. Levantamentos indicam que a área ao redor da ilha, localizada a aproximadamente 1.950 quilômetros a sudeste de Tóquio, possui depósitos abundantes de lama com terras raras.
Essa iniciativa conjunta visa fortalecer as cadeias de suprimentos de minerais críticos, essenciais para tecnologias modernas, como tecnologias de eletrônicos, energias renováveis e Defesa. A colaboração entre EUA e Japão representa um passo significativo para diversificar as fontes globais desses materiais, atualmente concentradas majoritariamente na China.
Desafios e Oportunidades da Extração em Profundidade
A mineração em grandes profundidades apresenta desafios técnicos e ambientais consideráveis. A tecnologia para extrair minerais a 6.000 metros ainda está em desenvolvimento, e a viabilidade econômica dependerá da eficiência do processo e do valor dos minerais recuperados. No entanto, a iniciativa demonstra o comprometimento dos dois países em garantir o Acesso a esses recursos vitais.
A dependência da China em terras raras tem sido uma preocupação crescente para as economias ocidentais, dado o papel crucial desses minerais em diversas indústrias de alta tecnologia. A Parceria EUA-Japão pode reconfigurar o mercado global, abrindo novas frentes de exploração e produção.
Impacto Geopolítico e Econômico
A colaboração bilateral não apenas visa a segurança econômica, mas também reforça a aliança estratégica entre as duas nações. Ao reduzir a vulnerabilidade em relação à China, os Estados Unidos e o Japão buscam maior autonomia e estabilidade em suas cadeias produtivas. Analistas apontam que outras nações com acesso a recursos minerais podem seguir o exemplo, buscando parcerias para desenvolver tecnologias de mineração e processamento.
Fonte: Bloomberg