EUA ausentes da COP 30 por negacionismo ambiental, critica Helder Barbalho

Helder Barbalho critica ausência dos EUA na COP 30 em Belém, atribuindo-a ao negacionismo ambiental. Valoriza presença de China e UE e anuncia acordo com Califórnia.
EUA na COP 30 — foto ilustrativa EUA na COP 30 — foto ilustrativa

O governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), criticou a ausência dos Estados Unidos na COP 30, sediada em Belém. Segundo o governador, o país americano não comparece à conferência por defender um claro “negacionismo ambiental”.

Críticas à postura dos EUA e valorização de outros países

“É claro, salta aos olhos a ausência dos Estados Unidos. E os Estados Unidos não está ausente porque a COP é em Belém, está ausente porque defende um negacionismo ambiental”, declarou Barbalho em Entrevista ao Estúdio i, da GloboNews. Apesar da forte crítica à postura americana, o governador ressaltou a importância de valorizar os países que marcam presença na conferência, como a China, um dos maiores emissores globais de gases de efeito estufa, e a União Europeia, além dos países insulares, que são os mais vulneráveis às mudanças climáticas.

“O que nós temos que fazer? Valorizar os que estão presentes. Valorizar a presença da China, que junto com os Estados Unidos são os dois maiores emissores. Valorizar a presença da União Europeia, valorizar a presença de países insulares, que são aqueles que mais clamam por decisões urgentes sob pena de desaparecerem”, enfatizou.

Helder Barbalho, governador do Pará, em declaração sobre a COP 30.
Governanador do Pará, Helder Barbalho, durante entrevista.

Cooperação e inovação para a Amazônia

Contrariando a ausência oficial do governo federal americano, Barbalho anunciou que assinará um acordo de cooperação com o governador da Califórnia, um dos “estados subnacionais” presentes na COP 30. O acordo, previsto para 12 de novembro, visa criar o “Vale Bioamazônico de Tecnologia”, um projeto inspirado no Vale do Silício californiano, com foco em Biodiversidade e inovação tecnológica para a região amazônica.

Fundo “Florestas para Sempre” e monetização de créditos de carbono

O governador paraense também comentou a criação do fundo “Florestas para Sempre”, classificado por ele como um “golaço” do Brasil. Contudo, Barbalho avalia que o valor projetado de US$ 4 por hectare pode não ser suficiente para as necessidades de preservação. Ele defende que os estados continuem trabalhando para monetizar seus próprios créditos de carbono, destacando que o Pará possui mais de 200 milhões de toneladas verificadas, com potencial de gerar R$ 40 bilhões até 2027.

“Eu acho que todo esforço é válido, mas não acho que seja isto o suficiente”, pontuou.

Aumento da consciência climática impulsionado por eventos extremos

Barbalho observou que a percepção da população sobre as crises climáticas está mudando, impulsionada por eventos extremos como a tragédia no Rio Grande do Sul e os consequentes prejuízos econômicos. Ele afirma que essa mudança de consciência afeta até mesmo aqueles que antes eram negacionistas ambientais.

“Quando acontece um prejuízo produtivo, até aqueles que são negacionistas, que cometem ilegalidades ambientais, percebem que ter floresta produz chuva. Para produzir alimento, tem que chover.”

Fonte: G1

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