O governo dos Estados Unidos confirmou, nesta quinta-feira (9), a compra direta de pesos argentinos e a conclusão de um acordo de swap cambial de US$ 20 bilhões com o Banco Central da República Argentina (BCRA). A iniciativa visa combater a aguda Falta de liquidez que o país enfrenta e estabilizar seus mercados, segundo declarações do Secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, após reuniões em Washington com o ministro da Economia argentino, Luis Caputo.
Bessent ressaltou o apoio Internacional à estratégia fiscal da Argentina, incluindo o FMI, mas destacou a capacidade dos Estados Unidos de agir rapidamente. “Somente os Estados Unidos podem agir rapidamente. E nós agiremos”, afirmou Bessent, indicando a prontidão do Tesouro americano para tomar medidas excepcionais visando a estabilidade dos mercados.
Swap cambial: ferramenta contra volatilidade
A operação de swap cambial, que representa uma forma de hedge contra a volatilidade da taxa de câmbio, visa evitar movimentos bruscos no mercado e reduzir a pressão sobre o dólar. Essa medida busca oferecer maior previsibilidade para investidores e empresas no cenário argentino.
Além do swap, a compra direta de pesos é uma ação inédita nas relações bilaterais, sinalizando a urgência em conter a desvalorização da moeda argentina, pressionada por um contexto econômico desafiador para o Governo de Javier Milei.
Scott Bessent também reafirmou o apoio de Washington à gestão de Javier Milei, alinhando-se à política “America First” de Donald Trump. O secretário enfatizou o compromisso com aliados que promovem o comércio justo e o investimento americano.
Otimismo com reformas argentinas
O secretário demonstrou otimismo em relação ao programa econômico implementado por Milei e ao compromisso do país com o FMI. “As políticas argentinas, quando ancoradas na Disciplina fiscal, são sólidas. Sua banda cambial permanece adequada”, declarou Bessent, indicando que as reformas em curso são vistas como promissoras.
Ele concluiu enfatizando a importância sistêmica do sucesso da agenda de reformas da Argentina. Uma economia argentina “forte e estável” é considerada um interesse estratégico para os Estados Unidos, reforçando a cooperação bilateral em busca de estabilidade econômica na América do Sul.
Fonte: Estadão