A Itaú Asset e a E-Fund, maior gestora da China, conquistaram a aprovação da China Securities Regulatory Commission (CSRC) para negociar o ETF BOVV11, que replica o Ibovespa, na Bolsa de Xangai. Esta iniciativa representa um passo significativo na expansão internacional dos mercados financeiros brasileiros.
ETF Connect: Ponte entre Bolsas do Brasil e China
A aprovação faz parte do programa ETF Connect, um mecanismo que visa facilitar a listagem recíproca de ETFs entre a B3 e as bolsas chinesas. Lançado em maio de 2025, o programa já contou com a listagem de ETFs de fundos chineses na B3, referenciados nos índices CSI 300 e ChiNext, pela Bradesco Asset e Itaú Asset. Agora, a fase atual prevê a listagem, por gestoras chinesas como E-Funds, China Universal e China Asset Management, de ETFs atrelados ao principal índice da bolsa brasileira.
Esta abertura permite que investidores chineses direcionem capital para o Mercado brasileiro através do ETF. Em 2025, o mercado de ações chinês superou a marca de 100 trilhões de yuans, um valor mais de seis vezes superior ao Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro.
BOVV11: Acesso ao Mercado Brasileiro para Investidores Chineses
O ETF BOVV11, que segue o desempenho do Ibovespa, será o principal veículo de Acesso para os investidores chineses ao mercado brasileiro. O fundo oferece exposição a mais de 80 empresas de diversos setores da economia nacional.
“Estamos honrados por obter essa aprovação e, com isso, termos a oportunidade de abrir as portas do mercado brasileiro para receber recursos de investidores chineses em um momento com boas perspectivas para os ativos brasileiros”, declarou Carlos Augusto Salamonde, líder da Diretoria de Gestão de Investimentos Globais do Itaú Unibanco. A declaração reforça o potencial de atração de capital estrangeiro.
Rentabilidade do Ibovespa atrai Capital Chinês
Dados da Bloomberg indicam que, nos últimos cinco anos, o BOVV11 apresentou uma rentabilidade média anual de 11,90% em Renminbi (CNY). Em 2025, o retorno acumulado do ETF em CNY atingiu 35,19%, superando o S&P 500, que registrou 11,85%. Esses números evidenciam o potencial atrativo da bolsa brasileira para investimentos vindos da China, impulsionando a necessidade de uma política econômica sólida.
Fonte: Valor Econômico